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(Catherine Bosley, WP Bloomberg) – O rápido ritmo de crescimento dos investimentos verdes aumenta a perspectiva de que uma bolha poderia estourar em algum momento no futuro, de acordo com o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês).
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As avaliações dos índices de preço/lucro para empresas de energia limpa são altas e mais análises são necessárias para entender como o investimento verde está se comportando no mercado de crédito, disse a instituição com sede na Basileia em seu relatório trimestral publicado na semana ada.
O histórico indica que ativos relacionados com mudanças econômicas e sociais fundamentais talvez experimentem uma correção de preço considerável depois de um aumento de juros inicial, de acordo com a análise do BIS, que tomou como exemplo as ações das ferrovias do século 19 e a bolha da internet.
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“Dado o crescimento muito rápido da nova classe de ativos, há dúvidas sobre a possibilidade de que uma bolha talvez seja criada, a não ser que a transparência do mercado possa ser garantida”, escreveram os autores Sirio Aramonte e Anna Zabai. “Há sinais de que as avaliações dos ativos ESG talvez sejam insuficientes, embora a prova disponível derive de segmentos que são de preocupação indireta de uma perspectiva de estabilidade financeira.”
O que exatamente é considerado sustentável, do ponto de vista ambiental, é uma preocupação fundamental e poderia resultar em erros caros, à medida que o setor ganha popularidade. O mercado de investimentos que promovem melhores práticas ambientais, sociais e de governança corporativa ultraou US$ 35 trilhões no ano ado, de acordo com a Bloomberg Intelligence, cerca de um terço do total global.
Os gestores de ativos estão prestes a obter detalhes sobre um elemento-chave do regulamento europeu para combater o greenwashing (estratégia de marketing que dá a falsa impressão de um produto ser ecologicamente correto), quando um rascunho descrevendo as linhas gerais dos chamados Padrões Técnicos Regulatórios será disponibilizado ainda este ano.
“Será importante não apenas avaliar os benefícios de financiar a transição para um mundo com baixa emissão de carbono, mas também identificar e gerenciar os riscos financeiros que talvez apareçam com a mudança na carteira dos investidores”, disseram os autores do estudo do BIS. “Avançar nessa direção envolveria a coleta de dados adequados a respeito de detentores e exposições, com atenção especial para aqueles que são alavancados e talvez permaneçam em segmentos menos transparentes do sistema financeiro.”
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(TRADUÇÃO DE ROMINA CÁCIA)
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