O início dos negócios nesta quinta-feira (2) dá sinais de sequência às quedas da véspera. Na Europa as quedas são influenciadas pela leitura do Índice de Preços ao Consumidor (I) da zona do euro de fevereiro, que desacelerou de 8,6% para 8,5% na leitura anual, mas ainda assim acima das expectativas do mercado. Enquanto nos Estados Unidos o desempenho negativo é mais intenso no índice futuro do Nasdaq, a bolsa de tecnologia, em reflexo ao plano de transição total da Tesla para veículos elétricos com investimentos na ordem de US$ 10 trilhões.
Além disso, o pano de fundo central, no velho continente e em Nova York, continua sendo às preocupações em meio ao cenário de inflação e juros, mantendo a cautela para os ativos de risco e contribuindo para as altas do dólar e dos juros dos Treasuries.
Em outros mercados, após a alta de ontem, hoje novamente o minério de ferro teve sessão positiva e subiu 1,56% na madrugada em Dalian, encerrando cotado aos US$ 132,34 por tonelada. Para o petróleo, a cotação do tipo Brent tem mais uma sessão de avanço, cotado próximo dos US$ 85/barril.
O mercado acionário brasileiro pode se ajustar ao noticiário corporativo, haja visto, o forte resultado da Petrobras (PETR4), com robustos dividendos anunciados, tentando driblar o cenário exterior negativo. Para além da estatal, Ambev (ABEV3), Marfrig e outras empresas terão seus números refletidos nos negócios de hoje. Dito isso, separamos alguns destaques dos resultados publicados de ontem para hoje.
Agenda econômica
Brasil: A agenda reserva a leitura do PIB do quarto trimestre de 2022, com a mediana indicando queda de 0,1% ante alta de 0,4% no trimestre anterior. Além disso, o Tesouro Nacional faz leilão de LTN e NTN-F às 11h.
EUA: Os pedidos de auxílio-desemprego nos saem às 10h30 e alguns membros do Federal Reserve (Fed) discursam durante à noite.
Europa: A ata referente a última reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) é o destaque na região, enquanto a dirigente Isabel Schnabel fará discurso pela manhã e o economista-chefe do Banco da Inglaterra (BoE), Huw Pill, também fala, no começo da tarde.
