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O BB Investimentos acredita que o Ibovespa reúne condições para oferecer um dos maiores retornos entre as classes de ativos em 2024. Em relatório, o banco introduziu seu novo preço-alvo para o índice ao final do próximo ano: 141 mil pontos. A previsão leva em conta as expectativas por um ciclo de afrouxamento monetário no Brasil.
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Na análise da casa, os impulsos da Bolsa de Valores em fases de corte de juros am por dois estágios. O primeiro, imediato, está atrelado à redução gradativa do custo de capital das companhias, contexto já observado ao longo de 2023. Esse custo nada mais é do que a taxa mínima de retorno que uma empresa deve obter antes de poder gerar valor.
O segundo estágio, mais de longo prazo, representa o cenário-base para o próximo ano, estando vinculado à descompressão dos resultados financeiros das empresas e a um maior apetite do mercado de crédito. Dessa forma, o banco espera melhorias nos balanços trimestrais das companhias em 2024, com boas perspectivas à medida que a taxa de juros ceda.
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Além do preço-alvo para o Ibovespa no próximo ano, o BB também traçou dois cenários para o índice: um otimista e outro pessimista. O primeiro caso considera que a dinâmica de preços do petróleo e do minério de ferro irão contribuir para resultados mais fortes das empresas, junto a um quadro de política monetária que irá evoluir positivamente sem sobressaltos. Nesse contexto, a casa projeta o Ibovespa com um valor justo de 153 mil pontos. Caso as expectativas se frustrem, a previsão pessimista aponta para 132 mil pontos.
De acordo com o BB, outros fatores que devem ser monitorados em 2024 são o movimento dos Treasuries (títulos públicos americanos), os desafios em relação à crise imobiliária na China e os conflitos geopolíticos no Oriente Médio, que trazem impacto no fluxo de investidores estrangeiros para a Bolsa brasileira.
O banco também elencou 16 ações que devem se destacar em seus respectivos setores em 2024. No segmento financeiro, BTG Pactual (BPAC11) e Itaú (ITUB4) são as preferências, por conta da boa previsibilidade de resultados das companhias, que devem conseguir capturar o quadro de melhora econômica, ao mesmo tempo que se mostram resilientes em um eventual cenário frustrante.
No setor de óleo e gás, o BB destaca a Petrobras (PETR4) e a Vibra (VBBR3), beneficiadas por um possível avanço da cotação do petróleo. A casa projeta para 2024 o barril de Brent em US$ 87, patamar de preços que deve manter em alta a geração de caixa das empresas, dada a combinação de elevação na produção e os menores custos de extração, em meio a ganhos de escala e avanços tecnológicos.
Já no setor de mineração, o banco espera que a Vale (VALE3) continue trazendo um retorno elevado aos acionistas, mesmo com um crescimento mais fraco esperado para a China em 2024, em função especialmente da desaceleração do mercado imobiliário. Os preços do minério, no entanto, devem se manter em patamares elevados, apoiados pela continuidade da adoção de estímulos pelo governo local.
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Outra ação recomendada pelo banco é a da JBS (JBSS3), que pode se beneficiar de um ciclo favorável da pecuária no Brasil e da diminuição da produção de carne bovina nos Estados Unidos. Além disso, o arrefecimento do preço dos grãos deve contribuir para a queda de custos com insumos na avicultura.
No ramo de açúcar e etanol, os papéis da Jalles Machado (JALL3) são a preferência. Com a previsão de déficit global no mercado de açúcar, fruto do fenômeno climático El Niño, os preços de adoçantes devem se manter em alta no próximo ano, favorecendo as companhias domésticas, que têm boas condições de exportação, segundo o BB.
Para o setor de energia elétrica, o banco mantém uma visão positiva em relação à ISA Cteep (TRPL4). A empresa, que apareceu na primeira prévia da nova carteira do Ibovespa, pode se beneficiar com oportunidades de crescimento via leilões de energia e aquisições, além de ser auxiliada pela queda de juros esperada no Brasil.
Em meio às expectativas pela privatização da empresa, o BB coloca a Sabesp (SBSP3) como uma de suas apostas para 2024. De acordo com o banco, a recuperação de volumes e da inadimplência, após a pandemia de Covid-19, reafirmou a resiliência do setor.
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A Weg (WEGE3) é outra empresa presente na seleção do banco. Embora o BB tenha uma visão neutra para o setor de indústrias, a companhia foi selecionada por suas vantagens competitivas, que podem lhe beneficiar perante os concorrentes em um mercado menos aquecido.
Com a perspectiva de continuidade do ciclo de afrouxamento monetário no Brasil, o banco tem perspectiva positiva para o setor de varejo. A melhoria dos indicadores para o segmento de consumo, como emprego e renda, devem favorecer companhias que têm potencial para capturar recuperação das vendas em 2024. Destaque para as empresas de atuação de nicho e com boas estratégias de execução, como Magazine Luiza (MGLU3), Grupo Mateus (GMAT3) e Lojas Quero-Quero (LJQQ3).
Outro setor que deve se beneficiar com a expectativa de redução de juros ao longo de 2024 é o imobiliário. Os cortes devem se traduzir em melhora operacional e financeira para as companhias. Nesse sentido, a Direcional (DIRR3) possui uma tese atrativa como representante do segmento de baixa renda, enquanto a Cyrela (CYRE3) se destaca no segmento de Médio e Alto Padrão.
Por acreditar que 2024 será um ano positivo para a Bolsa e o mercado de capitais brasileiro como um todo, o BB considera que as ações da B3 (B3SA3) também devem se sair bem, estando posicionadas para capturar uma potencial retomada de fluxo de investimentos no Brasil.
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Confira a lista de ações:
| Empresa | Ticker |
|---|---|
| B3 | B3SA3 |
| BTG Pactual | BPAC11 |
| Cyrela | CYRE3 |
| Direcional | DIRR3 |
| Grupo Mateus | GMAT3 |
| Itaú | ITUB4 |
| Jalles Machado | JALL3 |
| JBS | JBSS3 |
| Lojas Quero-Quero | LJQQ3 |
| Magazine Luiza | MGLU3 |
| Petrobras | PETR4 |
| Sabesp | SBSP3 |
| ISA Cteep | TRPL4 |
| Vale | VALE3 |
| Vibra Energia | VBBR3 |
| Weg | WEGE3 |
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