Ações de empresa de Trump disparam mais de 30% após atentado

Por Beatriz Rocha

15/07/2024 | 16:04 Atualização: 15/07/2024 | 16:04

Empresa de Donald Trump controla a rede social Truth Social. (Foto: Adobe Stock)

As ações da Trump Media & Technology (DJT), empresa de mídia de Donald Trump, operam em forte alta nesta segunda-feira (15), que marca o primeiro pregão após o atentado contra o ex-presidente dos Estados Unidos. Às 15h48, os papéis da companhia disparam 33,78% cotados a US$ 41,32. As Bolsas de Nova York também sobem depois do ocorrido, assim como o bitcoin.

No sábado (13), enquanto discursava em um comício no estado da Pensilvânia, o candidato republicano à reeleição foi atingido na orelha por um disparo de arma de fogo. O responsável pelo ataque, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, atirou várias vezes de um telhado com um fuzil AR-15, antes de ser alvejado e morto por agentes do Servido Secreto dos Estados Unidos.

O mercado acredita que a tentativa de atentado contra Trump fortalece suas chances de voltar à Casa Branca. “O ocorrido pode potencialmente solidificar sua posição nas eleições dos Estados Unidos. Em termos de mercado, o evento deve trazer volatilidade inicial, mas a percepção de uma vitória mais provável de Trump pode ser vista como benéfica para certos setores, especialmente para aqueles que prosperaram durante sua istração anterior”, destaca Fábio Murad, sócio da Ipê Avaliações.

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Além da disparada das ações da Trump Media & Technology (DJT), o ocorrido também tem movimentado as memecoins inspiradas no candidato republicano. Esses ativos, como o próprio nome sugere, são criados a partir de tendências na internet ou com objetivo humorístico.

Um exemplo é a MAGA (sigla para Faça a América Grande Outra Vez, em tradução livre), baseada em ethereum, que subiu de US$ 6,31 para US$ 10,36 imediatamente no sábado, devido ao ataque a Trump. Com os ânimos dos investidores mais calmos, no entanto, a memecoin já está sendo cotada a US$ 8,30 nesta segunda-feira.

O que é a Trump Media & Technology?

A empresa de mídia de Trump controla a Truth Social, rede social lançada em 2022, depois que o ex-presidente foi banido das principais plataformas sociais, incluindo o Facebook e o então Twitter (agora X), após a invasão de partidários do político ao Capitólio (centro legislativo) dos Estados Unidos, em 6 de janeiro de 2021. Desde então, Trump foi reitido nas redes citadas, mas concentrou sua comunicação na Truth Social.

Foi por lá que o candidato republicano deu mais detalhes sobre o atentado do último sábado. “Percebi imediatamente que algo estava errado, pois ouvi um zumbido, tiros e imediatamente senti a bala rasgando a pele. Houve muito sangramento, e aí percebi o que estava acontecendo“, relatou em sua conta oficial.

Em relação à sua entrada no mercado acionário americano, os papéis da Trump Media & Technology só começaram a ser negociados na Nasdaq em 26 de março deste ano. Antes de operar na Bolsa de Valores, a empresa ou por uma fusão com a Digital World Aquisition Corp, uma Special Purpose Acquisition Company (SPAC) – Companhia com Propósito Específico de Aquisição, em português. Esse tipo de empresa, mais conhecida como sociedade “cheque em branco”, é criada com o objetivo de obter recursos para comprar ou combinar negócios com outras companhias.

A partir da fusão, as ações da Trump Media & Technology substituíram as da Digital World Acquisition Corp na Nasdaq, com o código de negociação mudando de “DWAC” para “DJT”. O ticker carrega as iniciais de Trump e presta homenagem direta a Donald Trump.