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O fundo Vinci Offices (VINO11) veio a público nesta semana para desmentir que esteja em negociações com o Grupo Globo para saída da emissora de sua sede em São Paulo. O imóvel, ocupado pela rede, representa o principal ativo do portfólio do Fundo de Investimento Imobiliário (FII), sendo responsável por 44% da sua receita, segundo o último relatório mensal disponibilizado pelo VINO11.
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No início de setembro, o portal NaTelinha, do Uol, divulgou que a Globo estaria considerando mudar o endereço de sua operação em São Paulo como parte de uma estratégia para eliminar gastos desnecessários ou excessivos. A emissora teria sinalizado para o fundo que poderia negociar a venda do terreno. A condição seria que o Vinci Offices concedesse tempo suficiente para que a Globo encontrasse um novo local com o objetivo de sediar sua frente de jornalismo e outras operações.
Desde a divulgação da notícia, em 5 de setembro, até esta sexta-feira (27), as cotas do fundo caíram mais de 11% na B3. O temor era de que uma eventual saída da emissora do local teria um peso relevante na operação do fundo.
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A informação, no entanto, foi desmentida pela Vinci Real Estate e pela BRL Trust, gestora e a do FII, respectivamente, em comunicado conjunto com o Grupo Globo. “Em vista de notícias veiculadas em mídia digital que provocaram especulações a respeito da manutenção de contrato de locação entre a Globo e o fundo, que tem por objeto imóvel localizado na Rua Evandro Carlos de Andrade, 160, Chucri Zaidan, em São Paulo, informamos que não há qualquer tratativa em andamento que tenha por objetivo abreviar a vigência de locação atípica em curso desde 2021”, afirmaram as partes.
O comunicado ressaltou que o fundo e a Globo permanecem firmes em todas as suas obrigações estabelecidas nos termos do contrato de locação vigente. Além disso, ressaltou que a emissora está realizando investimentos relevantes no empreendimento imobiliário em questão.
O fundo imobiliário VINO11 adquiriu a sede da Globo em dezembro de 2021, por cerca de R$ 522 milhões, o que equivale a um preço de R$ 13.369 por metro quadrado. A aquisição foi realizada através de uma operação chamada de sale & leaseback, quando o atual proprietário de um imóvel o vende (sale) e, logo em seguida, o aluga de volta (leaseback).
Na modalidade, o Grupo Globo permaneceu como ocupante de 100% do ativo, através de um contrato de locação atípico de 15 anos, podendo ser renovado por mais 15 anos.
O imóvel ocupado pela Globo, de propriedade do VINO11, conta com 39.050 metros quadrados, sendo composto pela torre denominada Edifício Jornalista Roberto Marinho, três módulos de produção e uma área de apoio. O complexo ainda apresenta duas portarias, dois helipontos e aproximadamente 1.500 vagas de estacionamento entre subsolos e estacionamento externo.
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