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O Ibovespa terminou 2024 no nível de 120,3 mil pontos e acumulou, no último ano, perdas de 10,36%. Depois de chegar a atingir seu recorde histórico de 137,3 mil pontos em agosto, o principal índice da B3 ou por momentos turbulentos nos últimos meses, diante das inseguranças dos investidores com a condução das contas públicas.
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Tudo piorou com a apresentação do aguardado pacote fiscal do governo federal. Desde o início, as medidas foram consideradas incertas e difusas pelo mercado, que também se decepcionou com a proposta de isenção de Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil. O entendimento é de que a medida coloca em xeque o real comprometimento do governo com as contas públicas.
Em dezembro, a cautela fiscal voltou a dominar o mercado: as propostas apresentadas sofreram desidratações durante a tramitação no Congresso Nacional. O impacto foi sentido no câmbio, com o dólar superando a marca de R$ 6. No exterior, a moeda americana também se consolidou como o principal ativo de proteção dos investidores – movimento global que ganhou força após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.
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Depois de um ano difícil para a Bolsa brasileira, a Ágora Investimentos acredita que as ações locais operam com grande desconto, o que a casa atribui ao prêmio de risco bastante elevado na economia brasileira, com o Brasil em uma trajetória de elevação de juros, na contramão dos demais países.
“O Ibovespa está negociando em torno de 7,2 vezes o múltiplo P/L (preço/lucro) esperado para 2025, significativamente abaixo da média histórica dos últimos 10 anos de aproximadamente 10 vezes”, destaca a corretora, que estima o Ibovespa na casa dos 135 mil pontos ao final de 2025, reforçando a necessidade da boa seletividade na escolha das ações.
Nas seleções dos oito bancos e corretoras consultados pelo E-Investidor, quem mais se destaca é a Prio (PRIO3), com cinco menções. Para Max Bohm, estrategista de ações da Nomos, a empresa deve aumentar sua produção de gás e óleo em 2025. Um dos gatilhos positivos, em sua visão, é a aquisição de 40% do Campo de Peregrino, anunciada em setembro de 2024.
“Outro ponto importante é a receita dolarizada. Toda a receita da Prio é denominada em dólar. Também há a possibilidade de novas aquisições ao longo de 2025. A empresa tem olhado bastante para o Brasil ainda e para o Golfo do México”, explica Bohm.
Em relação aos resultados corporativos da petroleira, o time da Toro Investimentos enxerga que os balanços mais recentes seguem uma trajetória ascendente, condizentes com o progresso e crescimento da companhia. “Foram observadas oscilações em decorrência das manutenções e falhas, que podem ser interpretadas como eventos pontuais e que devem ser corrigidos”, reforça a casa em relatório.
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Outro papel que se destaca nas recomendações dos analistas para o próximo ano é o Itaú (ITUB4), com quatro menções. A ação é a top pick (preferência) da XP Investimentos no setor bancário, pela robustez financeira e a eficiência em custos. A corretora prevê um cenário mais desafiador para as empresas do segmento no próximo ano, mas acredita que elas continuarão demonstrando disciplina na gestão de custos.
Entre as preferências dos bancos e corretoras, BB Seguridade (BBSE3), Equatorial (EQTL3), Gerdau (GGBR4), Sabesp (SBSP3) e Petrobras (PETR4) completam o ranking de recomendações, cada uma com três citações cada. Veja a seguir as ações recomendadas por cada casa para 2025:
A Ágora indica a sua carteira de dividendos como a mais recomendada para os próximos meses. A seleção de ativos equilibra empresas com preços atrativos com a consistência no retorno aos acionistas por meio da distribuição dos lucros. Veja a carteira mais atualizada da corretora com esse enfoque:
| Ações |
|---|
| BB Seguridade (BBSE3) |
| Cemig (CMIG4) |
| Itaú (ITUB4) |
| Gerdau (GGBR4) |
| Telefônica Brasil (VIVT3) |
Os analistas do BB Investimentos apontam para uma melhora nas estimativas de lucros das empresas brasileiras em 2025, o que sustenta um potencial de ganhos na Bolsa mesmo no contexto geral de piora de risco. Veja as ações selecionadas pelo banco:
| Ações |
|---|
| Alupar (ALUP11) |
| BRF (BRFS3) |
| Copasa (CSMG3) |
| Cury (CURY3) |
| Caixa Seguridade (CXSE3) |
| Direcional (DIRR3) |
| Eletrobras (ELET3) |
| Gerdau (GGBR4) |
| Grupo Mateus (GMAT3) |
| Isa Cteep (ISAE4) |
| Itaú (ITUB4) |
| Petrobras (PETR4) |
| São Martinho (SMTO3) |
| Vibra (VBBR3) |
| Weg (WEGE3) |
O BTG recomenda ações brasileiras de diferentes setores para o próximo ano. Na lista de indicações do banco, também entram dois Brazilian Depositary Receipts (BDRs): Mastercard (MSCD34) e Amazon (AMZO34).
| Ações |
|---|
| BB Seguridade (BBSE3) |
| Equatorial (EQTL3) |
| Prio (PRIO3) |
| Mastercard (MSCD34) |
| Amazon (AMZO34) |
Max Bohm, estrategista de ações da Nomos, indica papéis de diferentes setores para o próximo ano. Na lista, estão empresas com boas previsões para dividendos, como a Eletrobras (ELET6), e nomes considerados descontados, como o Bradesco (BBDC4).
| Ações |
|---|
| BB Seguridade (BBSE3) |
| Sabesp (SBSP3) |
| Prio (PRIO3) |
| Bradesco (BBDC4) |
| Eletrobras (ELET6) |
A casa entende que, em momentos de incerteza, as ações que tendem a performar melhor são as de empresas consideradas mais defensivas ou as de companhias ligadas a commodities. Veja as escolhas para 2025:
| Ações |
|---|
| Inter (INBR32) |
| MRV (MRVE3) |
| Prio (PRIO3) |
O Santander acredita que os ativos brasileiros estão subvalorizados no curto prazo, mas entende que será um desafio reverter esta tendência negativa sem medidas governamentais decisivas. Confira as ações que devem se destacar em 2025, na visão do banco:
| Ações |
|---|
| Itaú (ITUB4) |
| Petrobras (PETR4) |
| Sabesp (SBSP3) |
| Totvs (TOTS3) |
| Copel (LE6) |
| RD Saúde (RADL3) |
| Lojas Renner (LREN3) |
| Vale (VALE3) |
| Ambev (ABEV3) |
| Porto Seguro (PSSA3) |
| Direcional (DIRR3) |
| Mercado Livre (MELI) |
| BRF (BRFS3) |
| SmartFit (SMFT3) |
| Weg (WEGE3) |
A Toro selecionou ações com foco no longo prazo para 2025. “Investir desta forma significa encontrar empresas com bom potencial de crescimento nos próximos anos ou investir em empresas já consolidadas e com alta distribuição de proventos”, destaca a casa.
| Ações |
|---|
| Banco do Brasil (BBAS3) |
| BTG Pactual (BPAC11) |
| Equatorial (EQTL3) |
| Localiza (RENT3) |
| Multiplan (MULT3) |
| Petrobras (PETR4) |
| Vale (VALE3) |
| Prio (PRIO3) |
| Sabesp (SBSP3) |
| Vivara (VIVA3) |
A XP enxerga que o mercado acionário local apresenta um cenário atrativo para investidores em 2025, com ações baratas e empresas que possuem fortes fundamentos e alta geração de caixa. A corretora acredita que há um potencial de valorização significativo para os papéis, especialmente se o ambiente macroeconômico doméstico melhorar. Veja as seleções:
| Ações |
|---|
| JBS (JBSS3) |
| Itaú (ITUB4) |
| Marcopolo (POMO4) |
| Cury (CURY3) |
| Cogna (COGN3) |
| Gerdau (GGBR4) |
| Prio (PRIO3) |
| Suzano (SUZB3) |
| Rede D’Or (RDOR3) |
| Iguatemi (IGTI11) |
| Intelbras (INTB3) |
| Rumo (RAIL3) |
| Equatorial (EQTL3) |
| SmartFit (SMFT3) |
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