Eneva (ENEV3) sobe 5,4% após tombo na véspera; veja o que fazer com a ação

Bruno Andrade é repórter do E-Investidor

Por Bruno Andrade

03/01/2025 | 11:13 Atualização: 03/01/2025 | 11:13

Veja o que fazer com as ações da Eneva um dia após tombo de mais de 9% (Foto: Adobe Stock)

As ações da Eneva (ENEV3) abriram o pregão desta sexta-feira (3) em alta, buscando recuperação após desabar 9,3% no fechamento do pregão de quinta-feira (2). O movimento negativo no mercado ocorreu após o Ministério de Minas e Energia (MME) divulgar as diretrizes para a realização de um leilão de capacidade para térmicas e hidrelétricas. O texto da portaria dá a entender que a Eneva ficará de fora do leilão.

Às 10h52min, as ações da Eneva subiam 5,45%, a R$ 10,07. O governo federal permite a contratação das térmicas existentes para os anos de 2025, 2026 e 2027. Para os anos de 2028, 2029 e 2030, o documento informa que apenas as térmicas novas podem se habilitar. Os ativos a serem renovados pela Eneva, Parnaíba 1 e Parnaíba 3, encerram contratos apenas no fim de 2027, mas o leilão para 2027 prevê o início do suprimento já em julho, complicando a situação da companhia.

O investidor deve comprar a ação da Eneva?

Na visão dos analistas do BTG Pactual, as regras do leilão parecem favorecer a ‘nova capacidade’ em detrimento da capacidade já existente. Eles comentam que o Brasil precisa de mais energia em níveis de pico de demanda e não faz muito sentido favorecer “a nova capacidade mais cara em detrimento das existentes”.

Desse modo, eles afirmam que a forma como o leilão foi projetado pode levar o sistema elétrico a contratar capacidade mais cara e arriscada. “Com tanta capacidade se tornando descontratada no final de 2027, é sensato (para o sistema na totalidade) contratar essa capacidade também. Se o governo ajustar o texto, isso pode auxiliar as ações da Eneva (dada a reação mais recente)”, dizem Antonio Junqueira, Gisele Gushiken, Maria Resende, que assinam o relatório do BTG Pactual.

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O BTG tem recomendação de compra para Eneva (ENEV3) com preço-alvo de R$ 18 para os próximos 12 meses, uma potencial alta de 88,48% na comparação com o fechamento de quinta-feira (2), quando a ação encerrou o pregão a R$ 9,55.