O vice-presidente financeiro (CFO) do Banco do Brasil (BBAS3), Marco Geovanne Tobias, afirmou nesta sexta-feira (16), em teleconferência com analistas, que o banco deve manter seu payout de 40% em 2025. A declaração foi dada em resposta a questionamentos sobre a política de dividendos, após a instituição reportar alta na inadimplência, queda no lucro e aumento nas provisões.
“Estamos mantendo nosso payout de 40% e acompanhando de perto a evolução da carteira rural, em função do risco de inadimplência. No entanto, conseguimos melhorar o índice de capital, que atingiu 10,97%. Nosso objetivo é alcançar 11% de capital principal, o que consideramos uma zona confortável. De modo geral, acreditamos que será possível sustentar o crescimento da carteira com o controle da inadimplência, sem necessidade de revisar nossa política de dividendos”, afirmou o executivo sobre os dividendos do Banco do Brasil..
Na noite de quinta-feira (16), o Banco do Brasil reportou um lucro líquido ajustado de R$ 7,37 bilhões no 1T25, uma queda de 20,7% em relação aos R$ 9,3 bilhões registrados no mesmo período de 2024. A margem financeira bruta foi de R$ 23,88 bilhões, representando uma retração de 7,2% na mesma base de comparação. Já a rentabilidade, medida pelo retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), caiu para 16,7%, cinco pontos percentuais abaixo dos 21,7% registrados no primeiro trimestre do ano ado.
O Banco do Brasil também anunciou que revisará suas projeções para margem financeira bruta, provisões e lucro líquido, que no início de 2025 foram estimados entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões. O ajuste reflete os desafios do agronegócio, que têm pressionado a qualidade dos ativos e as provisões para perdas. Com esse cenário mais adverso, a instituição ainda não definiu um novo intervalo de expectativa para os resultados do ano. Nesta reportagem, analistas do mercado financeiro projetam o que pode acontecer com os dividendos do Banco do Brasil (BBAS3).