Ibovespa, o principal índice da B3. (Foto: Adobe Stock)
O Ibovespa hoje fechou em queda e retornou ao patamar dos 137 mil pontos. O principal índice da B3 encerrou esta quarta-feira (21) em baixa de 1,59% aos 137.881,27 pontos, depois de oscilar entre máxima a 140.108,61 pontos e mínima a 137.538,34 pontos. O volume negociado foi de R$ 24 bilhões.
Na véspera, o IBOV finalizou a sessão no maior nível da sua história aos 140.109,63 pontos, depois de alcançar máxima histórica a 140.243,86 pontos.
Anderson Silva, head da mesa de renda variável e sócio da GT Capital, acredita que o Ibovespa operou hoje em um movimento de realização de lucros e leve correção. “Acredito que essa correção seja saudável, e poderíamos ver o mercado ‘respirar’ até os 135 mil pontos antes de retomar a tendência de alta”, diz.
Para Marcelo Farias , head de renda variável da OnField Investimentos, o dia também foi marcado por uma reprecificação global de risco, com investidores exigindo prêmios mais altos para ativos de renda fixa e reduzindo exposição a mercados emergentes. “Mesmo com a queda de hoje, o Ibovespa ainda acumula alta de pouco mais de 14% em 2025, sustentado por fluxo estrangeiro e fundamentos corporativos”, pontua.
Em Nova York, o dia também foi negativo. S&P 500, Dow Jones e Nasdaq caíram 1,61%, 1,91% e 1,41%, respectivamente. “Lá fora, o estresse nos mercados foi desencadeado pela disparada dos juros dos Treasuries (títulos públicos americanos), após um leilão de T-Bonds de 20 anos com a maior taxa desde dezembro de 2024. O aumento do rendimento desses papéis, que são referência global, elevou o custo de capital e derrubou as Bolsas em Wall Street“, avalia Farias, da OnField Investimentos.
O dólar hoje fechou em queda de 0,48% a R$ 5,6422 no mercado doméstico de câmbio. A moeda americana perdeu força globalmente, com o índice DXY, que compara a divisa com outros pares fortes, recuando abaixo dos 100 pontos. “O movimento é de aversão ao risco, consequência de uma visão de desvalorização da moeda americana, com metais preciosos subindo mais intensamente nos últimos dias. Eles têm servido como um porto-seguro para os investidores neste momento”, reflete André Valério, economista sênior do Inter.
As ações da Raízen (RAIZ4) registraram a maior alta do Ibovespa hoje, subindo 5,95% a R$ 1,78. “A empresa reportou resultados fracos recentemente, mas pode estar sendo impulsionada pela expectativa de queda nas taxas de juros mais adiante, o que deve ser bastante benéfico para a companhia”, destaca Silva, da GT Capital.
A RAIZ4 está em baixa de 1,66% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 17,59%.
Cosan (CSAN3): 1,32%, R$ 7,68
A controladora da Raízen também se saiu bem. Os papéis da Cosan (CSAN3) terminaram o dia com ganho de 1,32% a R$ 7,68.
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A CSAN3 está em baixa de 1,16% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 5,88%.
Petrorecôncavo (RECV3): 1,21%, R$ 14,27
Os papéis da Petrorecôncavo (RECV3) conseguiram subir mesmo em dia de queda do petróleo. As ações da empresa terminaram o pregão em valorização de 1,21% a R$ 14,27.
A RECV3 está em alta de 17,06% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 7,28%.