Bradesco BBI inicia cobertura de Weg (WEGE3); veja a recomendação e preço-alvo

“Embora tenhamos uma visão estrutural positiva sobre a Weg, esperamos um momento de crescimento de curto prazo sem brilho”, dizem os analistas Daniel Federle, André Ferreira, Camila Koga e Leandro Neto.

Os profissionais calculam que a Weg é negociada com um múltiplo de 25 vezes o preço sobre lucro, o que, para o banco, está abaixo das tendências históricas. Para melhorar esse sentimento, os analistas entendem ser necessário uma recuperação no crescimento orgânico neutro em termos de câmbio. Com isso, a casa estima um crescimento anual de aproximadamente 8% ao longo de 2025, sendo afetado pela macroeconomia e entregas fracas em geração solar esperadas para o segundo semestre.

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

“A Weg está lançando as bases para crescimento de longo prazo, com perspectivas especialmente fortes no segmento de Transmissão e Distribuição”, diz a equipe. Com isso, estima-se que o crescimento da receita acelere para 15% anualmente até 2027 em reais.

Para o Bradesco BBI, a Weg tem elementos que diferenciam grandes empresas de apenas boas, focando de forma estratégica em áreas onde pode ser melhor, com uma visão de longo prazo disciplinada, além de uma atenção no retorno sobre capital investido. “As principais questões são quanto tempo esse desempenho acima do mercado pode ser sustentado e até que ponto isso já está precificado”, ponderam os analistas.

O preço-alvo de R$ 50, explica o BBI, é baseado em um modelo de fluxo de caixa descontado que assume uma taxa de crescimento anual composta de receita de 20 anos de 11%. Sendo assim, o crescimento médio histórico da Weg de 18% implica em potencial de valorização, diz o banco.

Todavia, o tempo para as grandes entregas da Weg (WEGE3) nos produtos de ciclo longo traz flutuações. Isso, somado aos atuais cenários macroeconômicos globais e locais desfavoráveis, leva o Bradesco BBI a estimar que o crescimento da receita deve permanecer em dígitos únicos, por volta de 8%, nos próximos trimestres.