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Pouco conhecida pelos investidores brasileiros, a Atom (ATOM3) oferece cursos para formação de traders, selecionando os melhores para operarem o capital da companhia. A empresa mostrou fortes resultados no ano de 2020, obtendo um lucro líquido de R$ 12,3 milhões, o que representa um aumento de 484% na comparação com 2019.
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Seguindo o estatuto da companhia, o saldo de 25% do lucro líquido é destinado ao pagamento de dividendo mínimo obrigatório. Mas a empresa vai distribuir um adiciona neste ano, totalizando quase R$ 6,3 milhões aos acionistas.
“A Atom vinha se preparando nos últimos anos para que sempre estivesse presente no mundo online, além disso, o fator de queda da taxa de juros no Brasil – que abriu espaço para renda variável – também foi um fator que influenciou positivamente nos resultados de 2020 da companhia” diz Carol Paiffer, CEO da Atom.
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A empresa possui duas fontes principais de receitas. A primeira delas é a educação financeira da escola de traders, que corresponde a maior parte de suas receitas. A segunda frente é a mesa proprietária de traders, na qual as pessoas são contratadas para operar o capital da empresa.
“A Atom teve um ano de 2020 muito positivo. Você olha pelas receitas educacionais o quanto cresceram no ano ado e isso se deu por vários fatores. Um deles é que muito mais gente ou a se interessar pelo mercado financeiro. Então, fizeram o curso e a Atom tem esse atrativo de oferecer a possibilidade dos melhores alunos trabalharem na própria mesa proprietária”, destaca Mario Goulart, analista CNPI da O2 Research.
Geralmente, a distribuição dos dividendos está descrita no estatuto social da companhia. Em tese, todas as ações pagam dividendos, pois são obrigadas por lei a distribuir os lucros entre os acionistas.
A Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas) diz que cabe ao estatuto social da companhia indicar o percentual dos lucros que será distribuído sob forma de dividendos, e quando não informado, a empresa pagará 50% do lucro líquido ajustado.
Segundo Paiffer, a companhia distribuiu dividendos porque a empresa é muito saudável e não tem endividamento. ”Então, a distribuição do caixa da companhia não impede as atividades e nós conseguimos continuar o planejamento de ganhar cada vez mais escala, mesmo distribuindo os dividendos”, diz. Na opinião da executiva, era um bom momento para fazer a distribuição, pois entenderam que muitos acionistas, assim como toda a população, estão sofrendo com a pandemia.
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“O resultado das operações de mesa proprietária deles, que tinha sido negativo em 2019, foi positivo em 2020. Então, dentro da estrutura de capital da companhia e até para atrair novos acionistas, eles estão distribuindo dividendos. Temos que lembrar que a distribuição de dividendos, quando a estrutura de capital da empresa, o planejamento de investimento e o planejamento orçamentário permitem, é um atrativo para novos investidores”, diz Goulart.
Em janeiro de 2021, a Atom vendeu sua subsidiária TAKION S.A. por R$ 100 mil, de acordo com informações divulgadas por meio de fato relevante. No documento, o negócio engloba a totalidade do capital social da TAKION, ficando sob titularidade da Atom 10% (dez por cento) dos tokens hoje detidos pela subsidiária.
“A Atom é uma empresa bem complicada, mas que parece estar acertando a mão, principalmente com o foco no educacional”, diz Goulart.
“O próximo o para a companhia é continuar o trabalho de educação financeira do brasileiro, colaborando para que ele entenda a importância de se falar sobre dinheiro. Então, a Atom vem ampliando seus conteúdos, trazendo mais pessoas para o seu time, profissionalizando seus conteúdos por meio de pedagogos e psicólogos e todo um material didático, para que fique cada vez mais ível”, conclui Paiffer.
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