

No artigo anterior, eu te alertei sobre o perigo de você “serperntanjo” ser encantado por empreendedores e seus slides. E encerrei o artigo sugerindo menos PowerPoint e mais Excel.
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No artigo anterior, eu te alertei sobre o perigo de você “serperntanjo” ser encantado por empreendedores e seus slides. E encerrei o artigo sugerindo menos PowerPoint e mais Excel.
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Muitos me escreveram perguntando o que eu tinha contra PPTs. Posso ter ado a impressão errada de serem algo inerentemente ruim, o que obviamente não é o caso.
Então, antes de falar mal deles, vamos dar um o atrás e explicar o que são, onde vivem, como se reproduzem: em English, para que soe mais startup business: o pitch deck.
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Em bom Português: é uma pilha (deck) de slides que empreendedores (ab)usam para apresentar (pitch) sua empresa para potenciais investidores.
O pitch deve condensar no formato de slides os principais pontos de oportunidade do negócio tendo em mente o seu público alvo: nós, os investidores. Esta cambada com déficit de atenção, falta de tempo, pouca paciência, excesso de oportunidades para investir capital (e não apenas startups), alguns com idade avançada (não é o meu caso!) mas … com capital, conhecimento e conexões que podem alavancar muito o negócio. Smart money, sacomé!
Assim, o pitch resume de forma estruturada informações suficientes para dar a dimensão da oportunidade e despertar o interesse do investidor em se aprofundar e saber mais. Ou, tão bom e valioso quanto, já confirmar o desinteresse – em geral, falta de fit com sua tese de investimento – e com isso poupar tempo e energia de todos – investidores e founders – com mais reuniões e outros engajamentos que não levariam a um investimento.
Os principais tópicos a serem contemplados em um pitch deck são:
Cada um dos bullets acima irá se traduzir em 1 slide, de modo a gerar um máximo de 12 ou 15 slides que permitam compreender os fundamentos da oportunidade por trás da startup.
Não apenas o conteúdo, mas também a ordem dos slides é de suma importância: o pitch guarda um componente de storytelling, com começo, meio e fim que compõem uma narrativa racional. Ela chega ao seu clímax com o pleito de injeção de capital para o crescimento continuado desta história já promissora.
Uma dúvida comum é: por que slides? Não seria melhor mostrar o website, baixar o app, ler o whitepaper, cair numa ligação, ouvir um áudio explicativo, assistir o filme da vida, ler o livro da história genealógica da startup e seu founder desde o nascimento da ideia?
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Você já deve ter sacado a resposta: porquê PPT é resumido. A limitação de espaço útil no slide, juntamente com a simplicidade dos seus elementos – texto (bullets !), imagens, animações, gráficos e links – forçam uma objetividade intrínseca ao mundo dos negócios. Menos, neste contexto, é mais por permitir o enfoque no que é essencial.
Seja bem vindo ao vasto mundo das startups, habitado por seres empreendedores e seus pitch decks animados. É melhor conhecer e se acostumar: como investidor, uma parte significativa do seu trabalho será abrir, revisar, analisar, criticar, questionar, ouvir e, em grande medida, se conter para não chorar ou sair correndo antes que chegar o final de um pitch. Na forma de um ppt aberto no seu micro ou, se você não for cuidadoso, em infindáveis apresentações em reuniões, demo days, eventos ou youtube vídeos.
No próximo artigo vamos falar das principais cagad… erros incorridos dos founders ao elaborar, apresentar e disponibilizar seus decks.
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