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Comportamento

O que ‘Casamento às Cegas’ nos ensina sobre economia

O reality show da Netflix a partir de noções de economia

Por E-Investidor

27/03/2020 | 20:31 Atualização: 08/12/2023 | 17:37

(Foto: divulgação)
(Foto: divulgação)

(Murilo Basso, especial para o E-Investidor) 15 mulheres e 15 homens, de diferentes idades e profissões, submetem-se a uma série de encontros às cegas com o objetivo de encontrar um par para ficar junto o resto de suas vidas – ao menos em teoria. Esse é o mote do reality show “Casamento às Cegas”, que estreou em fevereiro na Netflix. Mas ao contrário do que se costuma chamar de blind date, quando as pessoas envolvidas apenas não se conhecem previamente, no programa o termo é levado ao pé da letra: os encontros acontecem com uma parede dividindo os participantes, que só podem ver um ao outro depois que o pedido de casamento é efetivado. 

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Os apresentadores, Nick e Vanessa Lachey (um casal, obviamente), chamam a atração de “experimento científico”. Segundo eles, a ideia do programa é provar, em tempos de aplicativos de namoro recheados de fotos dos usuários, que as pessoas podem se apaixonar, primeiro, pelo intelecto de alguém, deixando a aparência física em segundo plano – nada que “Cyrano de Bergerac” já não tenha ensinado. 

O conceito cai por terra, entretanto, na segunda etapa da competição. Depois de feita a proposta de casamento, os participantes se conhecem, enfim, e se mudam para o mesmo apartamento. Nesse período, convivem a família do noivo e da noiva e, importante, exploram as condições de vida do parceiro. É apenas depois disso que eles se casam de fato. Ainda sim, a primeira temporada do programa resultou em dois casamentos e em um relacionamento sério. 

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O programa se trata, obviamente, de um produto de entretenimento voltado às massas. Com um olhar mais apurado, entretanto, é possível fazer uma análise do reality show a partir de noções de economia.

Oferta e procura

À primeira vista, “Casamento às Cegas” parece se tratar de uma situação de concorrência perfeita, afinal, há muitos homens e mulheres dispostos a achar um parceiro. No início do programa, essas pessoas estão disponíveis para o maior número possível de encontros.

“A concorrência perfeita é uma situação onde há muitos concorrentes, muitos ofertantes e muitos demandantes. Para uma economia funcionar, ela precisa de gente vendendo e de gente comprando. Vamos pegar uma lata de cerveja como exemplo. Se muitos ofertantes vendem essa lata, um único vendedor jamais vai conseguir colocar um preço acima daquele de mercado, porque se ele fizer isso, a concorrência é tão grande que ninguém vai comprar dele”, explica o economista Sillas de Souza Cezar, professor da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap).

À medida que o programa avança, entretanto, os participantes percebem que, apesar da quantidade, poucos pretendentes realmente interessam. Em determinado momento do reality show, três mulheres se veem interessadas pelo participante Matthew Barnett. A tensão paira no ar até que ele opte por propor a uma delas, Amber Pike. Verifica-se, então, uma situação de escassez. Basicamente, trata-se do oposto da fartura. A partir do momento em que um recurso fica em falta, ele será disputado. 

Também é possível falar, em “Casamento às Cegas”, de informação assimétrica, que pode resultar em concorrência desleal e pode ser resumida em “eu sei algo que você não sabe”. Nos encontros às cegas, os concorrentes trocam confidências e informações pessoais, que podem muito bem não ser compartilhadas com os colegas para que se tenha uma vantagem quanto à pessoa de interesse. 

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Isso tudo ajuda a compreender o vai e vem da Bolsa de Valores. Se muitas pessoas querem uma ação, o preço dela sobe. Se ninguém está querendo, o preço cai. A escassez está presente aí porque se houvesse ação para todo mundo, não teria mercado. Já a assimetria das informações pode resultar na especulação da Bolsa, que causa até prisão em alguns países.

“A informação assimétrica nos mercados financeiros, como nas Bolsas, resulta em uma parte que frequentemente não sabe o suficiente sobre a outra parte para tomar decisões precisas. A falta de informação cria problemas no sistema financeiro em duas frentes: antes da transação ocorrer e depois”, afirma Jackson Bittencourt, coordenador do curso de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUR).

Economicamente falando, o casamento é uma boa saída? 

Todo casamento envolve um cálculo econômico. Isso porque, quando se decide por firmar o compromisso, a pessoa “empenha” uma parte importante de sua vida em troca de outro benefício. Liberdade por amor eterno? A possibilidade de conhecer gente nova por um belo parceiro? Muitas vezes, o que também pesa é a segurança financeira – ou, até mesmo, a falta dela, quando se julga que o novo companheiro vale a pena apesar disso.

Em “Casamento às Cegas”, dos dois casais que contraíram matrimônio, um foi formado por duas pessoas com situação financeira estável: Lauren Speed, criadora de conteúdo, e Cameron Hamilton, cientista de dados. Já no caso do engenheiro Matthew Barnett (sim, o mesmo que foi disputado por três mulheres), sua noiva, Amber Pike, deixou claro que a vida financeira dela estava uma bagunça e que a renda do marido, pelo menos por um tempo, representaria a maior fatia do sustento da casa. Mesmo assim ele quis subir ao altar.

“Não creio que o casamento seja uma opção de investimento. Quem se casa faz uma transação, sem dúvida. Mas muito mais baseado em uma necessidade social do que em uma necessidade econômica. A maioria esmagadora das pessoas entra em um casamento sabendo que haverá um dispêndio”, opina Cezar.

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É preciso lembrar, inclusive, que para várias pessoas a lógica de “unir rendas” com o casamento já está ultraada, e há muitos casais que optam por, mesmo após o casamento, viver em casas separadas. O ponto-chave, tanto para aqueles que moram juntos ou separados, é planejamento financeiro e, se possível, considerar uma renda extra.

“Dedicar parcela da renda para a poupança deve ser uma rotina, e não precisa usar a desculpa que você não ganha tão bem assim. Se colocar as despesas no papel, perceberá para onde está indo sua renda. É possível dar uma direção melhor ao dinheiro se forem feitos alguns ajustes, como reduzir a frequência dos jantares fora de casa, por exemplo”, afirma Bittencourt. 

O que explica o sucesso de “Casamento às Cegas”?

A fórmula não é nem um pouco nova: pessoas solteiras à procura de um amor. O primeiro programa televisivo do gênero, o norte-americano “The Dating Game”, data de 1965. No Brasil, um das atrações mais marcantes da década de 1990 foi “Em Nome do Amor”, comandado por Silvio Santos. Já o “Xaveco”, também do SBT e também dos anos 1990, foi ressuscitado recentemente no “Domingo Legal” de Celso Portiolli. “The Bachelor”, em que um solteirão é disputado por cerca de 30 mulheres, é sucesso na televisão dos EUA há 18 anos. O que explica, mesmo com décadas e décadas do formato na mídia audiovisual, o sucesso de programas de relacionamento como “Casamento às Cegas”?

Fábio Mariano Borges, docente em cursos de pós-graduação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) explica que é preciso analisar a questão a partir de dois temas: relacionamento e reality show. Sobre o primeiro, ele afirma que se trata de uma condição de interesse humano desde os primórdios, vez que saber como as pessoas se relacionam, em especial afetivamente, sempre despertou muita curiosidade. 

“Diferentemente de algumas décadas atrás, na maioria das sociedades atuais há liberdade e autonomia para escolher os parceiros afetivos. Até há algum tempo, isso não era possível. Se formos considerar aqui no Brasil, até a década de 1960 ainda era muito comum as famílias determinarem, influenciarem e até decidirem sobre os pares amorosos. A Lei do Divórcio no país remonta à década de 1970, tem 43 anos. As pessoas tinham um relacionamento quase que como um destino. Hoje, ao contrário, os relacionamentos são fluídos, e têm tempo ou duração imprevisíveis”, diz.

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Já sobre o interesse gerado pelos realities shows, Borges afirma que se trata de um “laboratório de pessoas”, comuns como o telespectador. Os participantes são uma projeção da maioria da população, que na tela enxerga os mesmos dilemas, conflitos e tensões que teria na “vida real”. Somado a isso, vem a questão do relacionamento, do namoro, que naturalmente gera curiosidade. 

A coordenadora do curso de Comunicação Social – Rádio e TV da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), Nathalie Hornhardt, complementa que, ainda que se tratem de pessoas “comuns”, no reality show elas vivem uma situação extraordinária, o que também atrai a atenção.

“Isso causa no telespectador a possibilidade de mudar de vida. Ele tem a sensação de que ‘se aquela pessoa está lá, eu também posso’. E a gente também ainda vê a televisão como um trampolim para sucesso, fama, possibilidade de emancipação financeira. O reality show gira em torno disso”, opina, complementando que nos programas de relacionamento, o final quase sempre é feliz – no máximo, os dois participantes não vão querer levar a relação adiante.

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