

É importante que os consumidores conheçam os detalhes sobre o funcionamento para ser capaz de escolher qual a melhor opção para fazer compras parceladas.
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É importante que os consumidores conheçam os detalhes sobre o funcionamento para ser capaz de escolher qual a melhor opção para fazer compras parceladas.
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Afinal, existem outras alternativas ao cartão de crédito disponíveis no mercado para quem precisa fazer parcelamentos. Saiba mais sobre isso.
Se o Pix se solidificou como um caminho para os pagamentos à vista, agora uma nova função permite o parcelamento sem cartão de crédito. Trata-se do Pix parcelado – ou Pix Garantido, como a função foi nomeada pelo Banco Central.
Por exemplo, o Santander possibilita que seus clientes dividam as compras pelo Pix, com a funcionalidade “Divide o Pix”. Na hora de efetivar a compra, é necessário ter o valor disponível em conta ou um crédito no valor da transferência, determinando a data de vencimento e o número de parcelas, que pode ser dividida em até 24 vezes.
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Para solicitar o parcelamento via Pix, a compra precisa custar ao menos R$ 100; enquanto o valor mínimo da parcela é de R$ 5. No Divide o Pix, além de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), são cobrados juros de 2,09% ao mês e os clientes têm até 59 dias para começar a pagar as parcelas.
A plataforma de pagamentos do Mercado Livre, também já começou a disponibilizar essa opção.
No Mercado Pago, a divisão dos valores com o “QR Pix” pode ser feita pelos clientes que têm a linha de empréstimo pessoal disponível. Nesses casos, é possível parcelar o Pix em até 12x, com a incidência de juros de 2,5% ao mês e IOF.
A diferença é que o Pix parcelado funciona nos moldes da modalidade de crédito pessoal – uma opção de empréstimo para pessoas físicas oferecida por bancos e instituições financeiras, explica Carlos Castro, planejador financeiro F da Associação Brasileiro de Planejadores Financeiros (Planejar).
Em vista disso, não é preciso comunicar o uso do valor solicitado, apenas negociar o número de parcelas e as taxas de juros, que costumam ser pré-fixadas.
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Nesse sentido, é válido dizer que as taxas costumam ser menores do que aquelas que incidem no parcelamento no cartão de crédito.
Quando for possível parcelar sem juros, o cartão de crédito ainda vale a pena. Mas, segundo Castro, para quem precisa recorrer ao parcelamento das faturas ou ao crédito rotativo, o Pix parcelado pode ser uma alternativa para pagar juros menores.
“O parcelamento no cartão de crédito, quando não se paga a fatura inteira, paga o mínimo, vai parcelando o restante e incide o maior juros que temos hoje”, diz Castro.
Para Fabrizio Gueratto, especialista em investimentos, professor de MBA em Finanças e colunista do E-Investidor, não há dúvida: podendo evitar o cartão de crédito, evite.
“O grande vilão do endividamento do Brasil é o cartão de crédito. E não por acaso eles têm as maiores taxas de juros, variando entre 10% ou 15% ao mês. Não tem nada pior do que o cartão de crédito, então tudo que vem depois é no mínimo menos pior. E o Pix parcelado entra justamente nesse lugar”.
O ideal é fugir dos parcelamentos, mas, precisando, o Pix parcelado é uma opção melhor do que o parcelamento no cartão de crédito, já que possui taxas de juros menores. Isso porque as transações via Pix eliminam os intermediários, como as bandeiras dos cartões, o que reduz o custo das operações, explica Gueratto.
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Carlos Netto, CEO da Matera, afirma que a nova funcionalidade do Pix está sendo desenhada para ser mais vantajosa que os cartões. “Quem tem cartão e puder comprar um produto por 10 parcelas de R$ 100 não vai querer pagar 10 parcelas de R$ 105 no Pix parcelado.
Se o mercado lançar um produto que gere parcelas mais caras, isso vai servir apenas para o usuário que não tem cartão de crédito. Mas há chance do Pix parcelado gerar parcelas com o mesmo valor das de um cartão de crédito e ainda gerar mais benefícios para o pagador, como mais milhas, por exemplo”, afirma.
“O consumidor deve ficar atento aos juros, já que a taxa Selic, que influencia o custo do crédito está alta. Então é preciso sempre tomar cuidado, só parcelar se não tiver outra opção e evitar utilizar crédito para financiar o consumo”, alerta Carlos Castro, da Planejar.
Apesar da facilidade na aquisição do crédito, é preciso ponderar se fazer a compra parcelada é a melhor opção, já que, com as taxas cobradas, o valor final pago pelo consumidor tende a aumentar.
Carlos Netto, da Matera, acrescenta que é preciso avaliar se o pagamento das parcelas não vai comprometer sua saúde financeira, independentemente da forma de pagamento.
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Depois, é preciso calcular qual das opções de parcelamento – o cartão de crédito ou o Pix parcelado – vai gerar o menor valor a partir da soma das parcelas.
“Porém, o consumidor não pode escolher entre cartão ou Pix só olhando a taxa de juros. Mesmo que o Pix parcelado tenha algum juro, o fato de o lojista receber à vista pode gerar um desconto que compensa o custo financeiro. No final das contas, o que interessa é a soma do valor das parcelas que o consumidor vai pagar”, afirma.
Graziela Fortunato, especialista em finanças pessoais e coordenadora do MBA em Finanças Corporativas na PUC-Rio, reforça ainda que o consumidor fique atento ao seu saldo bancário nas datas programadas para as parcelas.
“Se não tiver saldo, o valor será debitado mesmo assim, submetido a uma taxa de juros do banco que realizou o pagamento. E essas taxas não estão definidas e claras para todos”, alerta.
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