Veja como os brasileiros usam os serviços bancários (Foto: Adobe Stock)
Três em cada 4 transações no Brasil (75%) são feitas via telefone celular, diz o 2º volume da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2025 publicado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) nesta quarta-feira (11). Conforme a entidade, o brasileiro fez R$ 208,2 bilhões em pagamentos, com o grande fator de crescimento sendo o mobile, que avançou 15% em relação ao ano anterior.
Entre pessoas físicas, 92% das transações foram feitas pelo mobile. Já entre pessoas jurídicas, cerca de 72% dos pagamentos no Brasil foram feitos por meio do internet banking. De acordo com a pesquisa, as transações realizadas em canais físicos — como agências bancárias e caixas eletrônicos — seguem em trajetória de queda, representando 5% do total. Nas agências bancárias, foram feitas 3,6 bilhões de transações, uma redução de 14% frente ao ano anterior.
Segundo a pesquisa, o Pix, mais uma vez, se destaca em transações via celular, com um crescimento de 41%, chegando a quase 25 bilhões de operações feitas nos smartphones. “Apesar da alta do PIX, que vem muito forte, ele não interfere no cartão de crédito, que vem sendo bem utilizado pelos clientes no comércio”, disse Rodrigo Mulinari, diretor responsável pela pesquisa Tecnologia Bancária.
O volume de transações e vendas no comércio com o uso do cartão de crédito cresceu 15%, indo de 8,3 bilhões para 9,6 bilhões. No cartão de débito houve um recuo de 3%, mas esse ainda é o método de pagamento no comércio mais utilizado pelos brasileiros, com cerca de 16 bilhões em volume de pagamentos.
Ainda que o analógico tenha ficado no ado, cerca de 54% das contas não estão ativas em canais digitais, contra 46% das contas funcionando no modo online. Questionado pelo E-Investidor sobre os motivos de os bancos tradicionais ainda terem maior número de contas fora do meio digital, Mulinari respondeu que boa parte desse volume é estoque.
“Essas contas fora do meio digital são estoques e poupança. Os estoques são contas abertas há muito tempo que continuam ativas. Os dados da pesquisa evidenciam que estamos avançando na renovação tecnológica. Hoje não existe mais o banco tradicional e o banco digital. Existe o banco com agência e o sem agência”, explicou Mulinari.
Para se aperfeiçoar cada vez mais em meio ao cenário competitivo das empresas de pagamento e fintechs, os grandes bancos estão investindo cerca de R$ 48 bilhões em tecnologia para melhorar a infraestrutura e trazer ganhos com a inteligência artificial com foco na hiperpersonalização do serviço para o cliente.
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“O cliente quer facilidade no pagamento e conveniência em sua relação com o banco, e as agências acabaram se tornando uma opção para operações mais complexas, a exemplo da contratação de um financiamento bancário”, avalia Carolina Sansão, diretora-adjunta de Inovação, Tecnologia Bancária e Segurança Cibernética.