Os brasileiros têm o hábito de realizar compras com o crediário de lojas desde os anos 1950, colocando o País no pioneirismo mundial do modelo Buy Now, Pay Later (BNPL) — “Compre agora, pague depois”, em tradução livre.
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Os brasileiros têm o hábito de realizar compras com o crediário de lojas desde os anos 1950, colocando o País no pioneirismo mundial do modelo Buy Now, Pay Later (BNPL) — “Compre agora, pague depois”, em tradução livre.
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O boleto parcelado é uma evolução desse mercado, propiciado pelo avanço das tecnologias e do setor financeiro.
As fintechs estão transformando o segmento. Se o crediário tradicional era voltado para as pessoas sem o a bancos, como as das classes C e D, o BNPL aposta nas gerações Y e Z para crescer. O mercado global, que alcançou US$ 125 bilhões em 2021, deve chegar a US$ 3,2 trilhões até 2030, como projeta a Precedence Research.
O boleto parcelado, ou crediário digital, é uma solução que permite ao lojista receber o valor integral da venda e ao cliente dividir o pagamento em frações menores ao longo do tempo, sem a utilização de cartão de crédito.
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Isso possibilita ampliar o o ao crédito para a população que não tem conta em banco ou não deseja comprometer o limite do cartão.
Diferentemente do crediário tradicional, disponível geralmente em grandes varejistas, o boleto parcelado é oferecido por estabelecimentos de vários segmentos, como eletrônicos, moda, casa e viagens, tanto em lojas físicas quanto virtuais.
Qualquer pessoa maior de 18 anos com alguma renda mensal, inclusive autônomos sem renda comprovada, podem parcelar as compras. “O cliente escolhe os produtos ou serviços em uma loja parceira e seleciona o boleto parcelado no checkout ou na maquininha”, explica Pedro Noll, fundador e diretor de Marketing da BoletoFlex.
Após colher algumas informações de segurança, como selfie e verificação do celular para a comprovação da identidade, uma análise de crédito rápida é realizada. Então, o comprador escolhe o número de parcelas e recebe a resposta da aprovação do crédito na hora. O processo é realizado pelo smartphone e demora de um a dois minutos.
A quantidade de parcelas é personalizada de acordo com o valor da compra e o perfil de crédito do cliente. “Parcelamos em até 24 vezes. No entanto, essa opção varia de acordo com cada perfil de consumidor”, ressalta Noll.
A depender dos lojistas, o parcelamento pode ser oferecido sem juros, mas também podem ser cobradas taxas mensais, como em qualquer financiamento.
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Os estabelecimentos comerciais podem receber o valor total da compra em até 48 horas úteis, no caso da BoletoFlex. O prazo é muito inferior ao do cartão de crédito, que chega a 30 dias para uma compra à vista e pode ser ainda maior em transações parceladas. Muitas vezes, o lojista tem de pagar uma tarifa para antecipar o recebimento.
O boleto parcelado pode ser pago em qualquer data, antes ou depois do vencimento, mas o consumidor deve ficar atento às regras do contrato para não ser prejudicado.
Ao pagar depois do prazo estabelecido, o consumidor fica sujeito a multas e juros calculados automaticamente, sem a necessidade de emissão de uma segunda via.
Os débitos não quitados podem ser encaminhados para a negativação junto aos órgãos de proteção de crédito, como o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e a Serasa.
O boleto parcelado é seguro tanto para o consumidor quanto para o lojista, já que a aprovação do crédito é atrelada ao perfil de renda para evitar endividamento excessivo e garantir que as compras sejam pagas.
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