

A última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2022 está marcada para a próxima terça e quarta-feira (dias 6 e 7 de dezembro). O encontro serve para o Banco Central definir qual será os juros para os próximos 45 dias.
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A última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2022 está marcada para a próxima terça e quarta-feira (dias 6 e 7 de dezembro). O encontro serve para o Banco Central definir qual será os juros para os próximos 45 dias.
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Neste ano, foram realizados oito encontros entre 1º de fevereiro e 7 de dezembro. Em 2023, a quantidade de assembleias será a mesma. Veja abaixo o calendário do próximo ano:
O primeiro dia da reunião serve para as apresentações técnicas de como está a conjuntura econômica: inflação; nível de atividade; contas públicas; economia internacional; mercado de câmbio; reservas internacionais; operações de mercado aberto; e expectativas para as variáveis econômicas.
E o segundo é usado para decisões das diretrizes da política monetária. O comunicado com a definição da taxa Selic é divulgado sempre ao final a reunião, por volta das 18h30.
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Também há uma divulgação da ata do Copom na terça-feira seguinte ao encontro do comitê. Nele, é possível saber os principais assuntos discutidos durante a reunião. “Com o documento, dá para fazer uma avaliação de cenários e projeções da economia, aspectos indispensáveis na hora de investir”, disse a equipe de research da XP.
O Bacen também publica um documento chamado de ‘Relatório de Inflação’ a cada fim de trimestre (março, junho, setembro e dezembro). O informe analisa detalhadamente a conjuntura econômica e financeira do Brasil e traz projeções para a inflação.
No último, divulgado em setembro, o Banco Central afirmou que o ambiente inflacionário segue desafiador – vale lembrar que os juros servem para controlar a inflação -.
O documento diz que “o ambiente externo mantém-se adverso e volátil, com contínuas revisões negativas para o crescimento das principais economias, em especial para a China. Os dados recentemente divulgados reforçam a visão de que o mercado de trabalho americano, assim como de outras economias avançadas, segue aquecido”.
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“No entanto, a reversão de políticas contracíclicas nas principais economias, a continuidade da Guerra na Ucrânia, com suas consequências sobre o fornecimento de gás natural para a Europa, e a manutenção da política de combate à Covid-19 na China reforçam uma perspectiva de desaceleração do crescimento global nos próximos trimestres”, informou ainda.
Os movimentos dos juros impactam diretamente na rentabilidade das aplicações financeiras, principalmente ativos de renda fixa. Ou seja, se a Selic aumentar, os retornos dos ativos sobem, e vice-versa.
Há títulos públicos, como os pré-fixados, com rentabilidade diretamente associada à taxa básica de juros. Há também os investimentos que são atrelados ao IPCA. Como os juros são usados para controlar a alta generalizada dos preços de bens e serviços, a decisão do Copom pode impactar o rendimento dos títulos indexados ao Índice de Preços no Consumidor Amplo.
“Por exemplo, um título que paga ‘3,0% + IPCA’ significa que, na data de vencimento, pagará a variação acumulada do IPCA ao longo do período, mais uma taxa de 3,0% ao ano”, destacou o time de especialistas da Rico.
Os investimentos que utilizam o IPCA como indexador são:
Existe ainda o Certificado de Depósito, mais conhecido como CDI, que é um título privado interbancário. “A determinação do valor do CDI é feita com base nos juros praticados nas operações interbancárias, a taxa over (taxa de juros que o mercado observa diariamente). Por isso, a taxa Selic e o CDI são próximos”, diz a Rico.
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O indicador interbancário é utilizado como balizador do retorno oferecido pelos seguintes investimentos da renda fixa:
Veja neste link quanto rende o tesouro e o CDB com os juros a 13,75% (último valor anunciado pelo Copom até a publicação desta matéria).
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