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Não demorou muito para o programa Desenrola Brasil virar alvo de estelionatários. Por meio de links falsos, os golpistas induzem o cidadão a acreditar que poderá quitar suas dívidas com ofertas exorbitantes, como descontos de até 99% ou aumentar o score de crédito no mesmo dia.
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Por meio das redes sociais, links falsos com informações do Desenrola Brasil circulam em redes sociais, como Facebook e WhastApp. Esses links, por sua vez, se assemelham aos sites oficiais do programa e levam as pessoas a acreditarem que estão interagindo com canais legítimos.
De acordo com Marcus Scharra, CEO da senhasegura, empresa de cibersegurança, o objetivo dos estelionatários é obter informações pessoais e financeiras dos usuários. “Ataques cibernéticos não são novidades e o aumento desses ataques no Brasil tem sido uma preocupação crescente”, comenta.
O Brasil é o quinto país mais atacado por cibercriminosos, segundo a pesquisa do FortiGuard Labs, registrando 103,16 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos em 2022. Para se proteger, o especialista dá dicas:
Com o aumento dos golpes, inclusive através de anúncios pagos do Facebook, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) emitiu um comunicado onde esclarece que somente é possível renegociar dívidas bancárias nos canais oficiais dos bancos, como agências, aplicativos nos celulares e pelo internet banking.
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“É muito importante que o cliente não clique em links recebidos por aplicativos de mensagens, de redes sociais e em links patrocinados em sites de busca. Faça você mesmo o contato com o seu banco. Fique atento para que não sejam aceitas propostas de envio de valores com a finalidade de garantir melhores condições de renegociação das dívidas. Reforçamos que somente é possível renegociar as dívidas nos canais oficiais dos bancos”, alerta Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.
Como explica Scharra, a técnica utilizada pelos golpistas é conhecida como “phishing”, que significa “pescar” o usuário para induzi-lo a ar informações pessoais, detalhes bancários ou até mesmo oferecer serviços falsos em troca de pagamento.
“Existem golpes em circulação do Desenrola que envolvem o uso de um chatbot simulando um autoatendimento. Este chatbot faz perguntas e responde com promessas enganosas sobre o programa de renegociação de dívidas, alegando descontos de até 99%. Está circulando também pelo Whatsapp golpes de phishing se ando pelo Serasa”, acrescenta.
Ao E-Investidor, o Serasa afirma que está comprometido com a segurança dos consumidores e disponibiliza equipes preparadas para sanar dúvidas sobre serviços e suspeitas de fraudes.
A empresa também ressalta que o consumidor pode realizar a renegociação das dívidas somente por meio dos canais oficiais da Serasa, no site, no aplicativo disponível na Play Store e Apple Store e pelo WhatsApp no (11) 99575-2096.
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“Qualquer forma de renegociar uma dívida da Serasa fora destes canais oficiais pode caracterizar uma tentativa de golpe. Além disso, a empresa disponibiliza o ‘Validador de Boletos’, uma ferramenta gratuita que verifica boletos e chaves Pix e identifica possíveis tentativas de golpe”, informa a companhia em nota.
Além disso, há um link que está sendo divulgado para a venda de um material intitulado “Guia do nome limpo” por R$ 27. “É importante ressaltar que esses golpistas solicitam o pagamento por meio de Pix ou cartão de crédito”, destaca o especialista.
O programa Desenrola Brasil, que tem como objetivo reduzir os índices de inadimplência no país. As negociações de dívidas começaram na segunda-feira (17).
Nesta primeira fase, estão liberadas negociações de dívidas de bancos, como cartões de crédito e cheque especial, inscritas em cadastros de inadimplentes de 2019 até 2022, para pessoas físicas com renda mensal de até R$ 20 mil.
Para quitar as dívidas, as pessoas precisam consultar diretamente o banco onde possuem as inadimplências e verificar se podem realizar a negociação. Os cinco maiores bancos do País confirmaram a adesão ao programa: Caixa Econômica, Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander. Além deste, os bancos digitais C6, PagBank e Nubank também confirmaram a participação.
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Todas as instituições enfatizaram que é o próprio cliente quem precisa procurar os bancos e que eles não entram em contato com os correntistas, solicitando dados por meio de ligações ou SMS.
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