

Prever quedas nas ações da Bolsa de valores parece algo complicado. Mas é possível aprender formas de analisar o cenário econômico. Conversamos com especialistas em investimentos que deram dicas para entender o assunto.
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Prever quedas nas ações da Bolsa de valores parece algo complicado. Mas é possível aprender formas de analisar o cenário econômico. Conversamos com especialistas em investimentos que deram dicas para entender o assunto.
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Não é possível ter certeza, mas há sinais que indicam uma probabilidade de queda, segundo Gabriel Komatu, especialista em investimentos e sócio-diretor da gestora de recursos Komatu. O primeiro indicativo é se a empresa tem prejuízo.
Um segundo fator é se há redução do crescimento dos lucros ou do lucro propriamente dito. Por exemplo, quando uma empresa lucra R$ 100 milhões no ano anterior e, no seguinte, informa que vai lucrar R$ 80 milhões, a ação dela tende a cair.
Com a popularização de iniciativas de environmental, social, and corporate governance (ESG), as companhias estão preocupadas com a governança dos seus negócios. Nesse sentido, Komatu observa que fatos que possam manchar a reputação de uma organização podem fazer suas ações caírem.
Existem algumas técnicas para entender as oscilações no mercado de ações: as análises fundamentalista e técnica, via gráficos, de acordo com Thiago Bisi, analista-chefe da L&S Análise.
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A análise fundamentalista diz respeito às informações públicas de uma empresa que possui ações na bolsa: como está a saúde do negócio, se tem dinheiro em caixa, etc. Quem opta por ações de longo prazo costuma usar esse tipo de avaliação, mas Bisi alerta que demanda tempo para adquirir esse conhecimento.
Já a análise técnica é quando o histórico das ações é estudado por meio de gráficos que avaliam mudanças estruturais sobre oferta e demanda, além de tendências. É adotada por quem investe em curto e médio prazos.
Bisi usa como exemplo as ações do Magazine Luiza (MGLU3), que se tornaram moda entre os investidores. O papel chegou a valer poucos centavos em 2015, mas, após a reestruturação da companhia, as ações aram a se valorizar.
As consecutivas renovações de máximas históricas atraíram investidores, apesar dos múltiplos estratosféricos. “Por mais que o papel estivesse ‘caro’, a demanda sustentava a tendência de alta em curso”, afirma.
O papel fez sua máxima em R$ 28,27 no final de 2020, uma alta de mais de 90 mil por cento. Bisi avalia que o mercado se sustentou irracional por um tempo, mas a conta costuma chegar.
No começo de 2021, a tendência virou e, de lá para cá, o ativo caiu mais de 88% e pode continuar em queda. “Uma avaliação gráfica da tendência teria ajudado o investidor a saber a hora de pular fora do barco antes do ativo desmoronar”, Bisi afirma.
A seguir, veja como tentar prever eventuais quedas nas ações.
Essas informações podem ser conferidas nas páginas de “Relações com investidores”, na mídia especializada e em colunas de jornalistas econômicos.
Veja nas lojas que você visita regularmente — caso tenha relação com seus investimentos — e na mídia o que os consumidores falam dessas empresas. Perceba se eles estão comprando os produtos e os serviços vendidos, bem como de que maneira está a reputação do negócio de modo geral.
e sua plataforma de investimentos e compare o quanto estão pagando em outras opções.
O Profit, da Nelogica, é uma das ferramentas usadas pelos investidores. Também há casos de cobrança de uma taxa mensal para o, ou gratuito, vinculado a algum investimento realizado.
Estabelecendo médias simples de dias e se posicionando em papéis acima das médias móveis, o investidor consegue aplicar o dinheiro em papéis com fluxo positivo, evitando ações em queda.
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Fonte: Gabriel Komatu, especialista em investimentos e sócio-diretor da gestora de recursos Komatu.
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