Cielo (CIEL3): analistas rebaixam ação depois de acordo para OPA a R$ 5,60

Por Luíza Lanza

03/04/2024 | 11:25 Atualização: 03/04/2024 | 11:25

A Genial Investimentos e o BTG Pactual rebaixaram a recomendação das ações da Cielo (CIEL3) de compra para neutra nesta quarta-feira (3). A decisão acontece depois que a Assembleia Especial de Acionistas da companhia, realizada na terça (2) foi suspensa por 21 dias após um grupo de gestoras sinalizar que vai aceitar o fechamento de capital da companhia se o preço oferecido for de R$ 5,60 por papel.

A OPA da Cielo está em discussão desde que os bancos controladores, Bradesco e Banco do Brasil, anunciaram a oferta de pagar R$ 5,35 por ação da companhia no início de fevereiro. Mas o processo estava paralisado desde que, no final de fevereiro, gestoras e investidores minoritários da empresa divulgaram uma carta contestando o método de avaliação – para o grupo, o valor justo da ação seria de R$ 8,61.

Com a mudança de posicionamento de parte dos minoritários, a AEA, que iria votar a confecção de um novo laudo de avaliação da Cielo, foi suspensa. Bradesco e BB se comprometeram a aceitar o novo preço, de R$ 5,60 mais uma correção pelo CDI.

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Agora, se a OPA sair, o preço a ser pago será semelhante ao que a CIEL3 já é negociada na Bolsa. O papel encerrou o pregão da terça-feira cotado a R$ 5,42. E foi esse potencial pequeno de upside que motivou a revisão das recomendações de analistas.

“Considerando o preço de tela, enxergamos um potencial modesto de alta (upside) de 2,9% para o novo preço de R$ 5,60 e de 10,3% para o novo preço corrigido pelo CDI diário caso a oferta se estenda até o final de setembro. O risco/retorno não nos parece tão vantajoso, portanto, estamos rebaixando a nossa recomendação de comprar para manter”, disseram Eduardo Nishio, Wagner Biondo e Felipe Oller, da Genial.

Em relatório, o BTG Pactual destacou que o mercado já estava antecipando um preço por ação mais alto; motivo pelo qual o banco mantinha a recomendação de compra para CIEL3. Agora, dada a pequena vantagem de preço, os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel também rebaixaram a recomendação para neutra. “Acreditamos de que as chances da deslistagem ser bem sucedida aumentaram substancialmente sob os novos termos.”