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Felipe Neto está certo sobre a dívida dos Correios?

Influenciador comparou nível de dívida da estatal com a de empresas de capital aberto, como Petrobras e Vale

Por Jenne Andrade

10/08/2021 | 3:00 Atualização: 09/08/2021 | 22:17

Felipe Neto. Foto: Divulgação
Felipe Neto. Foto: Divulgação

O projeto que viabiliza a venda dos Correios para a iniciativa privada avança no Congresso e divide opiniões. De um lado, há quem defenda a desestatização em prol da melhoria dos serviços e da eficiência. De outro, quem acredite que a privatização irá elevar os preços – o que prejudicaria principalmente a parcela mais vulnerável da população.

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A discussão ganhou tração nas redes sociais e, recentemente, o influenciador Felipe Neto foi figura central dessa polêmica. Ele atacou os argumentos de que os Correios deveriam ser privatizados ‘devido ao nível de dívida’, já que outras companhias, como Petrobras (PETR4), Vale (VALE3), JBS (JBSS3) e Suzano (SUZB3), teriam ivos bem maiores.

No Twitter, Felipe escreveu: “Muito liberaloide falando q Correios deve ser privatizado graças à DÍVIDA. Vamos pras dívidas? Petrobrás: 330 bi. LATAM: 53 bi. Suzano: 68 bi. JBS: 52 bi. VALE: 40 bi.Correios: 14 bi. Eles usam a desculpa da dívida sabendo q povo ñ entende. A dívida da Volkswagen é 1 TRILHÃO”

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O E-Investidor conversou com Tiago Feitosa, consultor em valores mobiliários da T2 Educação, e Mario Goulart, analista CNPI de O2 Research, para entender qual a maneira correta de analisar financeiramente a saúde de uma companhia.

De acordo com Feitosa, o primeiro erro do influenciador está em comparar uma empresa de capital fechado com empresas de capital aberto, de outros segmentos econômicos e muito maiores em tamanho. Dessa forma, não há proporcionalidade para a análise. Em outras palavras, é como comparar laranjas com bananas ou cidades com países.

Em segundo lugar, olhar para a dívida nominal não diria muito sobre a situação financeira de uma companhia. Em vez disso, o investidor precisa analisar outras informações para aferir contabilmente a saúde de uma empresa. Dois desses desses dados são o EBITDA (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização), que aponta a capacidade de geração de caixa, e o patrimônio líquido (ativos menos ivos).

“Se uma empresa deve R$ 10 bilhões e tem R$ 100 bilhões de ativos, essa empresa será muito mais saudável do que uma empresa que deve R$ 2 bilhões e tem R$ 5 bilhões em ativos”, explica o especialista da T2.

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A Petrobras, por exemplo, terminou o 2º trimestre de 2021 com uma dívida líquida de US$ 53,2 bilhões (R$ 278,4 bilhões), mas com uma relação entre dívida líquida e EBITDA de ‘1.49x’, isto é, a empresa demoraria menos de 2 anos de geração de lucro operacional para pagar a dívida.

Já os Correios terminaram o ano ado com um EBITDA de R$ 1 bilhão, enquanto a dívida líquida ficou em R$ 12,6 bilhões (R$ 13,1 bilhões em ivos menos o caixa livre, de R$ 572,9 milhões), segundo Goulart. Esse número daria uma relação Dívida líquida/EBITDA de 12x, ou seja, demoraria 12 anos para a estatal arcar com todas as dívidas.

“A (Dívida líquida/EBITDA) da Suzano, que é uma empresa que tem forte endividamento, é de 4,12x. Da JBS, em torno de 2x”, afirma Goulart. “Seria conveniente que Felipe Neto olhasse em mais detalhes o balanço da empresa e entendesse suas implicações.”

No relatório anual dos Correios a métrica Dívida Líquida/EBITDA oficial apresentada para 2020 é de 0,99x, mas Goulart ressalta que na conta não foram considerados os ivos previdenciários, apenas empréstimos, arrendamentos e financiamentos. Por outro lado, os ivos previdenciários estão entre as maiores despesas.

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Os correios possuem R$ 5,7 bilhões de dívidas de longo-prazo com benefícios pós-emprego, por exemplo. Goulart também chama a atenção para a análise da qualidade das dívidas.

“Empresas do setor e papel e celulose fazem dívidas grandes em projetos de expansão, mas com receitas relativamente seguras”, afirma. “O endividamento de uma empresa não é necessariamente tóxico, sendo muitas vezes importante para garantir o futuro da corporação. Mas no caso dos Correios, temos uma empresa comprometida com ivos que não guardam nenhuma relação com aumento da produtividade.”

As principais dúvidas

Polêmicas à parte, existem argumentos pró e contra a privatização dos Correios, que são válidos. Entretanto, é preciso se atentar aos dados, principalmente quando o assunto é complexo, como uma análise de balanços. A seguir, leia a entrevista completa com Feitosa sobre o assunto.

E-Investidor – Felipe Neto está certo em fazer esse tipo de comparação?

Feitosa – Não está correta essa análise. Primeiro porque a comparação traz os Correios, uma empresa de capital fechado com atuação nacional, com empresas de capital aberto com atuação no Brasil e fora dele, então não existe o senso de proporcionalidade em relação ao tamanho das empresas, nem de seus ativos.

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E-Investidor – Só olhar para a dívida é o suficiente para entender a situação financeira de uma empresa?

Feitosa – Não. Uma empresa pode, e deve, contar com capital de terceiros (dívida) para financiar sua operação, mas, ao olhar para dívida de uma empresa, devemos sempre comparar essa dívida com seus ativos e ainda com a capacidade de geração de caixa.

Se uma empresa deve R$ 10 bilhões e tem R$ 100 bilhões de ativos, essa empresa será muito mais saudável do que uma empresa que deve R$ 2 bilhões e tem R$ 5 bilhões em ativos.

E-Investidor – O nível de dívida da Petrobras, Latam, Suzano, JBS e Vale deve preocupar o investidor?

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Feitosa – Não. No caso destas empresas, o nível de endividamento é proporcional a seus respectivos tamanhos.

A Petrobras, por exemplo, tem um patrimônio líquido (apurado no balanço do segundo trimestre de 2021) de R$ 356 bilhões. Isso significa que, se Petrobras vender todos os teus ativos, pagaria toda sua dívida e ainda sobraria R$ 356 bilhões.

Além de comparar com o ativo total, contabilmente faz sentido comparar com o EBITDA, (Capacidade de gerar caixa em razão de sua operação que a empresa tem). Nesse caso, vamos analisar a Vale: o ivo total de Vale é de R$ 271 bilhões, enquanto o EBITDA de Vale nos seis primeiros meses de 2021 é de R$ 97 bilhões. Então, se a gente anualizar o resultado do primeiro semestre de 2021, a Vale precisa 1,5 ano de operação para quitar sua dívida.

E-Investidor – Qual é a situação atual dos correios?

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Feitosa – O ivo total dos Correios em dezembro de 2020 era de R$ 13,1 bilhões e seu patrimônio líquido era de R$ 949 milhões. Assim como a Petrobras, que exemplifiquei acima, se os Correios venderem todos os seus ativos para quitar sua dívida, teríamos um resultado positivo. Neste caso, R$ 949 milhões.

Em comparação com o Patrimônio Líquido, a Petrobras é 375 vezes maior do que os Correios. Isso reforça a tese de que comparar dívidas em valores nominais, não faz sentido.

Os Correios, assim como qualquer outra empresa, tem ivos. No ano de 2020 a empresa apresentou um Lucro Líquido de R$ 1,5 bilhões. Apesar do Lucro Recorrente (2020, 2019, 2018 e 2017), devido a prejuízos acumulados em 2015 e 2016, a empresa mantém um prejuízo acumulado no período (desde 2015) de R$ 859 milhões.

E-Investidor – O Felipe Neto também afirmou que grande parte das dívidas de empresas privadas, como as citadas são com a União. Ele está certo?

Feitosa – As empresas também devem à União, mas essa não é, nem de longe, a maior dívida das empresas.

– Maior dívida de Petrobras: Empréstimos e Financiamentos R$ 721 bilhões. Dívida da Petrobras com a União (incluindo encargos trabalhistas): R$ 504 bilhões.

– Maior dívida da Vale: Empréstimos e Financiamentos, incluindo Debêntures, em cerca de R$ 103 bilhões. Dívida da Vale com a União (incluindo os ivos relacionados a Brumadinho): R$ 43 bilhões.

– Maior Dívida da Suzano (empréstimo, financiamento, debêntures e posições no mercado de derivativos): R$ 24 bilhões. Dívida da Suzano com a União: 104 milhões (no último balanço, não há provisão de IRPJ devido a judicialização em relação a sua subsidiária na Áustria. O Brasil possui acordo de não bitributação com aquele Pais e, portanto, a Suzano está judicializando essa questão).

*Procurado, Felipe Neto não se manifestou até a publicação desta reportagem

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