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Por que o Brasil tem a pior Bolsa do mundo, enquanto os vizinhos decolam em 2024?

O risco Brasil afasta os gringos e Ibovespa fica de fora do rali das bolsas da América do Sul, liderado pela Argentina

Por Luíza Lanza

17/06/2024 | 3:00 Atualização: 18/06/2024 | 17:32

Argentina lidera rali das bolsas globais em 2024; Colômbia e Peru também vão bem. (Imagem: joyfotoliakid em Adobe Stock)
Argentina lidera rali das bolsas globais em 2024; Colômbia e Peru também vão bem. (Imagem: joyfotoliakid em Adobe Stock)

As Bolsas de Valores globais estão vivendo um rali em 2024. Nos Estados Unidos, por exemplo, o boom da inteligência artificial e os fortes resultados corporativos – mesmo em meio ao aperto monetário – levaram o S&P 500 e o Nasdaq a patamares de recordes históricos. Mas engana-se quem pensa que o bom momento está aos mercados desenvolvidos: os três índices de Bolsa com maior rentabilidade nos cinco primeiros meses do ano pertencem à América do Sul. Apenas o Brasil ficou de fora da festa e crava agora o pior desempenho entre os grandes mercados do mundo.

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Os dados foram levantados por Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria, e mostram a rentabilidade em dólares dos principais índices de bolsa globais no acumulado de 2024 até o dia 31 de maio. Quem lidera o ranking é o S&P Merval, da Argentina, com um salto de 61,55% no período – praticamente seis vezes o desempenho já expressivo do S&P 500, dos EUA. O Msci Colcap, da Colômbia, e o Bvl Peru General, do Peru, também são destaque, superando as Bolsas americanas, europeias e asiáticas.

Muito atrás, e em meio a uma maré de pessimismo dos investidores, o brasileiro Ibovespa acumula uma desvalorização em dólares de 15,96% no período.

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A alta do Merval, na Argentina, não é uma novidade. Apesar da crise econômica e da hiperinflação que assola o país há anos, a bolsa "hermana" foi a que mais subiu no mundo no ano ado. Nesta reportagem, antes das eleições presidenciais argentinas de 2023, mostramos que o índice acionário do país acumulava uma valorização de três dígitos.

A explicação de especialistas à época era que as ações por lá foram muito descontadas nos últimos anos e com a série de estímulos concedidos pelo governo às empresas argentinas, em 2023, os papéis cujos preços tinham caído muito estavam conseguindo uma recuperação. Isso também explica parte da valorização de 2024, diz Thiago de Aragão, diretor de estratégia da Arko Advice e colunista do E-Investidor. "Quando você tem zero e a a ter um, você cresceu 100%", ilustra.

O início do governo do libertário Javier Milei, em dezembro de 2023, também está impulsionando o mercado argentino. As medidas econômicas adotadas até então agradam investidores – ao menos, mais do que as tomadas pelo governo anterior –, o que também pode estar por trás do movimento de recuperação do Merval. "O mercado financeiro é carente de boas notícias e às vezes interpreta de forma exagerada determinados eventos. Sempre houve uma expectativa histórica negativa em relação à Argentina e o fato de agora ter algo que é moderadamente funcional dá um pico de euforia, que se reflete no crescimento da Bolsa", afirma Aragão.

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O mesmo vale para a Colômbia. A leitura inicial do mercado em relação ao atual presidente Gustavo Petro, em 2022, foi de irracionalidade. Isso ajudou a derrubar a bolsa colombiana que, agora, consegue se recuperar. "Quando o Petro ganhou a eleição, dizia-se que ele transformaria a Colômbia na Venezuela. Quando isso não acontece, há uma euforia em cima da ausência daquele pior cenário possível", diz o diretor da Arko.

Há ainda outros fatores impulsionando as bolsas da América do Sul, sobretudo as andinas. Os mercados do Chile, Peru e Colômbia estão conseguindo estender os ganhos em meio ao rali global de cobre e ouro. Como mostramos aqui, o metal dourado é um dos investimentos que mais sobe em 2024 e é negociado pela primeira vez acima dos US$ 2,3 mil a onça-troy.

"Os três mercados andinos apresentaram retornos positivos em maio, com mais sinais de recuperação da economia no Chile e no Peru em meio a taxas de juros e inflação mais baixas, juntamente com ventos favoráveis dos preços das commodities", avaliou o BTG em relatório publicado na primeira semana de junho.

Enquanto o "risco Brasil" levou o Ibovespa a mais um desempenho negativo em maio, os países vizinhos conseguiram surfar em um cenário político mais tranquilo. "O risco político tem diminuído em todos os mercados andinos, mas parece particularmente amigável no Chile devido a uma esperada ‘oscilação para a direita’ no próximo ciclo eleitoral", destacou o BTG.

Vizinhos ou concorrentes?

A alta das Bolsas andinas também reflete a entrada de capital estrangeiro. Em maio, por exemplo, os gringos foram às compras no mercado colombiano, ajudando a valorizar o Msci Colcap. "Os investidores estrangeiros estão de volta, registrando compras líquidas de US$ 13,7 milhões em maio (40% do volume mensal de negócios). Eles aumentaram alocações em materiais de construção e petróleo e gás, ao mesmo tempo em que reduziram a exposição a serviços públicos, finanças e ações relacionadas ao consumo", mostra o BTG.

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O movimento destoa do que vem acontecendo no Brasil. Por aqui, houve uma saída de R$ 1,6 bilhão de capital estrangeiro em maio. No acumulado do ano, até o dia 11 de junho, os gringos já tiraram R$ 40 bi da B3. Os investidores estrangeiros aceleraram a saída do País em meio a uma fuga de risco causada pela dinâmica da economia dos Estados Unidos, que ainda não permitiu que o banco central americano cortasse a taxa de juros por lá.

"Se o Federal Reserve (o BC dos EUA) começar a cortar juros, por exemplo, o sentimento lá fora melhora e há maior capacidade para alocações de risco. Pode ser que o cenário melhore um pouquinho para o Brasil", pontua Jennie Li, estrategista de ações da XP. "No curto prazo, o Brasil perde atratividade quando comparado a outros mercados."

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Isso não significa, no entanto, que são os hermanos os grandes concorrentes do Brasil. Thiago de Aragão, que assessora diretamente dezenas de fundos estrangeiros sobre investimentos no Brasil e Argentina, não vê esse movimento de concorrência acontecendo no momento. O dinheiro que entra nas bolsas vizinhas não é necessariamente o que está saindo do País, explica.

"O Brasil tem um mercado financeiro e uma Bolsa muito mais desenvolvida do que esses outros países da região. Não se trata de tirar o dinheiro daqui para colocar na Argentina, por exemplo", afirma o diretor da Arko Advice. "O que eu vejo são clientes que durante os últimos 10 anos deixaram de fazer investimento nas fábricas deles na Argentina e agora estão pensando em retomar."

Apesar da fuga de capital vista no Brasil, o sentimento lá fora pode não ser tão ruim quanto internamente. O time de research da XP, liderado pelo estrategista-chefe Fernando Ferreira, esteve no exterior na última semana para debater o cenário dos ativos brasileiros. Em relatório, ele explicou que o nível depreciado das ações do País começam a chamar atenção, apesar das turbulências.

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"Esperava que os estrangeiros estivessem bastante preocupados com o cenário no Brasil, como temos visto um pessimismo generalizado entre os investidores locais. Mas não foi o que vi", diz Ferreira no documento. "Os problemas recentes nos outros grandes emergentes após as eleições (Índia, México e África do Sul), trazem a possibilidade do Brasil voltar a atrair fluxos dos estrangeiros."

O que precisa acontecer para isso? Os Estados Unidos iniciarem o ciclo de corte de juros. Como as previsões do mercado indicam que isso só deve começar a acontecer nos meses finais de 2024, o outro possível gatilho poderia ser a melhora do cenário fiscal e monetário no Brasil – o que parece ser o desafio do momento.

O problema do Ibovespa em 2024

Apesar de 2024 não estar sendo um ano fácil para os mercados, com muitos fatores macroeconômicos e geopolíticos no radar em países desenvolvidos e emergentes, a disparidade entre o desempenho da Bolsa brasileira e seus pares reforça um ponto que tem aparecido em muitas análises recentes. O problema do Ibovespa, especialmente nas últimas semanas, é doméstico.

O sentimento, que já não era dos melhores, se deteriorou de forma acentuada depois de dois eventos principais. Em meados de abril, o governo revisou a meta fiscal para 2025, que antes previa um superávit de 0,5% do PIB, para déficit zero. O movimento foi entendido por agentes do mercado como uma sinalização de abandono ao compromisso estabelecido pelo arcabouço fiscal em 2023 e repercutiu negativamente.

Depois, no início de maio, o racha na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) também chamou a atenção. Membros indicados pelo governo votaram pela manutenção do ritmo de cortes na Selic em 0,5 ponto percentual, enquanto os outros diretores defenderam maior cautela com o afrouxamento monetário; decisão que prevaleceu, mas criou um novo mal estar no mercado.

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Mais recentemente, falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e uma “fritura” do ministro da Fazenda Fernando Haddad, que não está conseguindo avançar com as propostas para compensar a arrecadação federal, jogaram ainda mais volatilidade no mercado. O Ibovespa acentuou as perdas, renovando a mínima do ano na faixa dos 119 mil pontos, e o dólar bateu o maior patamar desde janeiro de 2023.

Como mostramos nesta outra reportagem, o mercado começou a revisar as projeções traçadas para o fim de 2024, tanto para a Bolsa, quanto para o câmbio e a Selic. Tudo sob o mesmo argumento: a piora das expectativas em relação à capacidade do governo em entregar as metas fiscais prometidas.

"De alguma forma, o mercado ficou convencido em 2023 que tínhamos avançado nas questões fiscais com o arcabouço. Desde então, o que se viu é que aquela não era a solução do problema; o que justifica muito da decepção que temos visto em 2024", explica Dalton Gardimam, economista-chefe da Ágora Investimentos. "Não é uma decepção com o crescimento da economia, as empresas também estão bem. E tampouco se pode dizer que um aumento de intervencionismo seja a causa, porque as tentativas não foram bem sucedidas. O vilão é o desarranjo fiscal."

E essa visão não é somente de especialistas brasileiros. Thomas Haugaard, gerente de portfólio do time de mercados emergentes da gestora global Janus Henderson, também vê a questão política como um dos principais gatilhos negativos por trás do momento ruim do mercado. Ele explica que Lula e governos anteriores do PT têm como característica a intenção de aumentar o Estado em termos de atividade econômica e influência sobre o setor privado. Algo que geralmente pesa sobre os mercados financeiros.

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"A influência política em instituições anteriormente independentes é uma das principais preocupações, especialmente o ruído em torno do Banco Central. A divisão do Copom com clara influência dovish [conduta de reduzir a taxa de juros para aquecer a economia] do governo está pressionando os mercados financeiros em geral e, particularmente, o Brasil", diz Haugaard. Segundo ele, a vulnerabilidade do mercado também está relacionada ao alto déficit geral das finanças públicas e ao provável aumento da dívida/PIB nos próximos anos. "Essas preocupações dependerão da percepção da popularidade de Lula; se os índices de aprovação caírem, os ativos brasileiros arão por momentos difíceis."

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