O Ibovespa é o principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira. Foto: Divulgação/B3
O Ibovespa hoje fechou em queda, em dia de correção dos ganhos recentes, após atingir sua máxima intradiária na véspera, quando chegou aos 140.381,93 pontos. O principal índice da B3 terminou esta quarta-feira (28) em baixa de 0,47% aos 138.887,81 pontos, oscilando entre máxima a 139.546,94 pontos e mínima a 138.579,90 pontos. O volume negociado foi de R$ 19,3 bilhões.
O destaque do noticiário corporativo foi o comunicado de que a Azul (AZUL4) entrou com pedido de reestruturação nos Estados Unidos por meio do Chapter 11, equivalente à recuperação judicial no Brasil. Segundo a companhia, o objetivo é eliminar mais de US$ 2,0 bilhões em dívidas. Com o anúncio, os papéis da empresa aérea tombaram 3,74%.
Na agenda doméstica, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou criação líquida de 257.528 postos formais de trabalho em abril, após um saldo de 79.726 em março (com ajustes), segundo dados divulgados pelo Ministério do Trabalho. O resultado ficou mais próximo do teto da pesquisa Projeções Broadcast, de 267.366 novos empregos gerados, do que da mediana do levantamento, que apontava criação de 170.500 postos de trabalho.
Para Fabio Louzada, economista, planejador financeiro e fundador da Eu me Banco, o número acima do esperado impulsionou os juros futuros a manterem trajetória de alta na sessão.
Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq caíram 0,56%, 0,58% e 0,51%, respectivamente, em dia marcado pela divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed). “O texto deixou claro que o comitê vai aguardar novos números antes de realizar qualquer mudança na taxa de juros, já que ainda há muitas incertezas em relação à inflação. Com o balanço de riscos elevado e um dia de correção, as Bolsas americanas recuaram”, diz Louzada.
O dólar hoje fechou em alta de 0,88% a R$ 5,6952. Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, explica que a perspectiva de que o banco central americano mantenha um discurso mais cauteloso diante das incertezas tarifárias nos Estados Unidos sustentou a força da moeda no mercado internacional. “A proximidade do índice DXY (que compara o dólar com seis pares fortes) ao patamar de 100 reforça o movimento, com investidores avaliando o ritmo da desaceleração econômica à frente com os possíveis efeitos inflacionários”, destaca.
As ações da Brava Energia (BRAV3) registraram a maior alta do Ibovespa hoje, disparando 4,28% a R$ 19,74. Além do impulso do petróleo, a empresa teve como e o comunicado de ontem do acionista Yellowstone FIA, que pediu assembleia geral para excluir as cláusulas de Oferta Pública de Aquisição (OPA) do estatuto social.
A BRAV3 está em alta de 13,71% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 16,07%.
Vamos (VAMO3): 3,75%, R$ 4,7
Quem também se saiu bem foi a Vamos (VAMO3), que subiu 3,75% a R$ 4,7, estendendo os ganhos da véspera, quando já havia saltado 9,69%.
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A VAMO3 está em baixa de 4,47% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 1,05%.
Petrorecôncavo (RECV3): 3,4%, R$ 14,89
Outro destaque positivo foi a Petrorecôncavo (RECV3), que registrou valorização de 3,4% a R$ 14,89, também impulsionada pela alta do petróleo.
A RECV3 está em alta de 22,15% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 3,25%.
As ações da Usiminas (USIM5) sofreram a pior queda do Ibovespa hoje, recuando 4,67% a R$ 5,31, em dia negativo para o minério de ferro na China e em Cingapura.
A USIM5 está em baixa de 3,98% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 0,19%.
Azul (AZUL4): -3,74%, R$ 1,03
Entre os destaques negativos do índice, os papéis da Azul (AZUL4) encerraram em queda de 3,74% a R$ 1,03, pressionados pela notícia de que a empresa entrou com pedido de reestruturação nos Estados Unidos.
A AZUL4 está em baixa de 29,93% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 70,9%.
CSN (CSNA3): -3,67%, R$ 8,67
Na lista de principais baixas do Ibovespa hoje, as ações da CSN (CSNA3) também sofreram e recuaram 3,67% a R$ 8,67.
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A CSNA3 está em baixa de 6,77% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 2,14%.