O Ibovespa é o principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira. Foto: Daniel Teixeira/Estadão
O Ibovespa hoje fechou em alta e se aproximou do seu topo histórico intradia, alcançado na terça-feira (13) aos 139.418,97 pontos. O principal índice da B3 terminou em valorização de 0,66% aos 139.334,38 pontos, depois de oscilar entre máxima a 139.408,29 pontos e mínima a 138.320,61 pontos. O giro financeiro foi de R$ 25,2 bilhões. Esse foi o recorde de encerramento do IBOV.
O índice da B3 subiu mesmo em dia de queda do petróleo. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de WTI para junho cedeu 2,42%, fechando a US$ 61,62 o barril. O Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 2,36%, para US$ 64,53 o barril. O movimento impactou as petroleiras do Ibovespa, como Brava Energia (BRAV3) e Prio (PRIO3), que também caíram.
Em Nova York, S&P 500 e Dow Jones subiram 0,41% e 0,65%, respectivamente, enquanto Nasdaq caiu 0,18%. Na agenda econômica, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos caiu 0,5% em abril ante março, segundo pesquisa divulgada hoje pelo Departamento do Trabalho do país. Na comparação anual, o PPI avançou 2,4% em abril. Analistas consultados pela FactSet projetavam alta mensal 0,2% e acréscimo anual de 2,4% no mês.
O dólar hoje fechou em alta de 0,82% a R$ 5,6788. “A valorização da moeda americana frente a divisas como peso mexicano, peso colombiano e rublo, somada à queda de 2,5% no petróleo e ao recuo do minério de ferro em Cingapura, pressionou moedas ligadas a exportações de commodities”, afirma Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
Por aqui, o as principais ações do IBOV encerraram mistas. Enquanto as ordinárias da Petrobras (PETR3) avançaram 0,32%, as preferenciais (PETR4) cederam 0,13%. Já os papéis da Vale (VALE3) subiram 1%.
As ações da Yduqs (YDUQ3) lideraram os ganhos do Ibovespa hoje, subindo 6,82% a R$ 15,97, em ajuste técnico, depois das quedas recentes na semana.
A YDUQ3 está em alta de 11,76% no mês. No ano, acumula uma valorização de 94,28%.
BRF (BRFS3): 4,78%, R$ 20,62
Quem também se saiu bem foi a BRF (BRFS3), que avançou 4,78% a R$ 20,62. Investidores aguardam o balanço da empresa, que deve ser divulgado nesta quinta-feira após o fechamento do mercado.
A BRFS3 está em baixa de 9,16% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 18,69%.
Vivara (VIVA3): 4,68%, R$ 24,14
Outro destaque positivo foi a Vivara (VIVA3), que registrou valorização de 4,68% a R$ 24,14. Fabio Louzada, economista, planejador financeiro e fundador da Eu me Banco, destaca que papéis de empresas de consumo subiram com a perspectiva de os juros já terem alcançado o topo de alta no Brasil, com uma expectativa de queda ainda neste ano.
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A VIVA3 está em alta de 9,18% no mês. No ano, acumula uma valorização de 29,65%.
Os papéis da CVC (CVCB3) registraram a pior queda do Ibovespa hoje, cedendo 6,72% a R$ 2,22. Os ativos da empresa estenderam as perdas da véspera.
A CVCB3 está em alta de 2,3% no mês. No ano, acumula uma valorização de 60,87%.
Azul (AZUL4): -5%, R$ 1,14
Na lista de principais baixas, estiveram ainda as ações da Azul (AZUL4), que caíram 5% a R$ 1,14. Na quarta-feira (14), os papéis da companhia aérea já haviam tombado 16,08%.
A AZUL4 está em baixa de 22,45% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 67,8%.
IRB (IRBR3): -3,37%, R$ 46,76
Outro destaque de queda do Ibovespa hoje foi o IRB (IRBR3), que cedeu 3,37% a R$ 46,76, apagando parte dos ganhos da véspera, quando disparou 6,42%.
A IRBR3 está em baixa de 2,24% no mês. No ano, acumula uma valorização de 10,15%.