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O Ibovespa hoje terminou o dia em leve alta, com o apoio das ações da Petrobras (PETR3;PETR4), que se fortaleceram diante dos ganhos dos preços do petróleo. Nesta segunda-feira (13), o principal índice da B3 finalizou a sessão em valorização de 0,13% aos 119.006,93 pontos, depois de oscilar entre máxima aos 119.729,22 pontos e mínima aos 118.743,43 pontos, com volume negociado de R$ 16,7 bilhões.
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O mercado monitorou uma nova edição do Boletim Focus. A mediana do relatório para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 subiu pela 13ª semana consecutiva, de 4,99% para 5,0% – 0,5 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Já a projeção para a Selic ao final do ano se manteve em 15%. Um mês atrás, a estimativa estava em 14%. Para o dólar, a mediana para o fim de 2025 se estabilizou em R$ 6,0.
“Hoje a gente não teve nenhuma alteração no cenário aqui no Brasil. A expectativa de inflação subiu levemente no último relatório Focus, mas não houve alterações nos demais requisitos. O foco agora segue nos dados econômicos a serem divulgados durante a semana, com destaque para o índice de preços ao consumidor (I, na sigla em inglês) nos Estados Unidos”, afirma Pedro Moreira, sócio da One Investimentos.
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A expectativa pelo dado de inflação cresceu após o payroll (relatório oficial de emprego dos EUA), divulgado na última sexta-feira (10), apontar a criação de 256 mil vagas em dezembro, em termos líquidos, contra a projeção de 150 mil. “Esse resultado jogou um balde de água fria nas estimativas de corte de juros nos Estados Unidos. Se os próximos dados continuarem nesse ritmo, os cortes podem ser ainda menores ou até inexistentes, mantendo os juros elevados por mais tempo”, diz Fernando Bresciani, analista de investimentos do Andbank.
Na Bolsa brasileira, as ações da Vale (VALE3), de maior peso para o Ibovespa, fecharam em leve queda de 0,02%, destoando do movimento do minério de ferro no exterior. Os ativos até chegaram a subir durante o pregão, mas perderam força ao longo da tarde. No mercado futuro da Bolsa chinesa de Dalian, o contrato mais negociado do minério, para maio de 2025, encerrou em alta de 1,92%, cotado a 768,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 104,8.
As ações da Petrobras (PETR3;PETR4), por sua vez, contribuíram para os ganhos do Ibovespa e terminaram o dia no campo positivo: enquanto os papéis ordinários da estatal (PETR3) subiram 0,07%, os preferenciais (PETR4) registraram valorização de 0,35%. O movimento acompanhou o desempenho dos contratos futuros de petróleo, que subiram repercutindo as novas sanções dos Estados Unidos contra o setor de energia da Rússia, que incluem bloqueios a grandes empresas de petróleo e gás. No dia, a commodity chegou a alcançar os maiores níveis desde agosto do ano ado.
Nesta segunda-feira, o mercado também monitorou a notícia de que o Itaú BBA cortou a sua projeção para o Ibovespa ao final de 2025, de 165 mil pontos para 145 mil pontos. A decisão leva em conta o cenário macroeconômico negativo, com um ciclo de aperto monetário no radar, além de um menor crescimento esperado para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e uma inflação mais alta –fatores que podem levar a uma revisão negativa dos lucros das empresas listadas na Bolsa local.
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Em Nova York, S&P 500 e Dow Jones subiram 0,16% e 0,86%, respectivamente, enquanto Nasdaq caiu 0,38%. No setor de tecnologia, a Nvidia (NVDA) recuou 1,97%, já a Apple (AAPL) cedeu 1,03% após o analista Ivan Lam, da Counterpoint Research, estimar que as vendas globais de iPhone da empresa caíram 2% em 2024 ante 2023, em contraste com o avanço no crescimento de 4% do mercado mundial de smartphones.
O dólar hoje fechou em leve queda de 0,06% a R$ 6,0985, depois de oscilar entre máxima a R$ 6,1367 e mínima a R$ 6,0777 na sessão. “No Brasil, fatores como inflação acima da meta, política fiscal desacreditada e falta de medidas para o equilíbrio das contas públicas continuam pressionando o câmbio”, afirma Elson Gusmão, diretor de câmbio da Ourominas. “Nesta semana, espera-se maior liquidez, mas a tendência de depreciação do real pode persistir”.
As três ações que mais valorizaram no dia foram IRB (IRBR3), Eneva (ENEV3) e BTG Pactual (BPAC11).
As ações do IRB (IRBR3) lideraram os ganhos do Ibovespa hoje e terminaram a sessão em alta de 4,6% a R$ 48,2. Os papéis estenderam o movimento de valorização observado na última sexta-feira (10), quando saltaram mais de 3% depois de a elevação de recomendação do Santander de neutro para outperform (acima da média do mercado, equivalente à compra).
A IRBR3 está em alta de 13,55% no mês. No ano, acumula uma valorização de 13,55%.
Quem também se saiu bem foi a Eneva (ENEV3), que avançou 3,46% a R$ 11,06. Ao Broadcast, o sócio da Performa Ideias, Vitor Miziara, afirmou que os investidores estão voltando a montar posição no papel após o Ministério de Minas e Energia ter autorizado, na semana ada, a volta da empresa aos leilões dos quais poderia ser excluída.
A ENEV3 está em alta de 5,03% no mês. No ano, acumula uma valorização de 5,03%.
Outro destaque positivo do dia foi o BTG Pactual (BPAC11), que subiu 2,13% a R$ 28,32, sem gatilhos específicos sobre a empresa no radar dos investidores.
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A BPAC11 está em alta de 4,62% no mês. No ano, acumula uma valorização de 4,62%.
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Minerva (BEEF3), GPA (PCAR3) e Carrefour (CRFB3).
As ações da Minerva (BEEF3) registraram a principal queda do Ibovespa hoje, cedendo 5,31% a R$ 4,81. Nenhuma notícia sobre a companhia foi monitorada na sessão.
A BEEF3 está em baixa de 5,5% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 5,5%.
Na lista de principais baixas do dia, também figuraram os papéis do GPA (PCAR3), que tombaram 4,71% a R$ 2,63. O movimento ocorreu após o Bank of America (BofA) rebaixar a recomendação da empresa de neutro para underperform (equivalente à venda ou abaixo do desempenho do mercado).
A PCAR3 está em alta de 3,14% no mês. No ano, acumula uma valorização de 3,14%.
Quem também se saiu mal no Ibovespa hoje foi o Carrefour (CRFB3), que recuou 4,37% a R$ 5,25, sem gatilhos específicos.
A CRFB3 está em baixa de 3,31% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 3,31%.
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*Com Estadão Conteúdo
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