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O Ibovespa hoje amargou a sua quinta sessão de queda consecutiva, elevando as perdas acumuladas em 2024 para 2,70%. Nesta segunda-feira (23), o principal índice da B3 encerrou a sessão em baixa de 0,38% aos 130.568,37 pontos, depois de oscilar entre a máxima a de 131.065,44 pontos e mínima de 130.099,62 pontos. Apesar do desempenho negativo, a referência conseguiu escapar de perder o patamar de 130 mil pontos.
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No Brasil, a preocupação com o cenário fiscal ganhou novo capítulo após o governo reduzir, na última sexta-feira (20), o grau de contingenciamento de despesas deste ano, projetando uma melhora na arrecadação de 2024, mesmo com frustrações na entrada de receitas extraordinárias. A decepção do mercado financeiro com a nova projeção de receitas e despesas de 2024 do governo levou à abertura e inclinação da curva de juros doméstica, com o DI (depósito interfinanceiro) para janeiro de 2029 tendo taxa próxima dos maiores níveis em um ano e meio.
Em segundo plano, investidores também reagiram à última edição do Boletim Focus, que mostrou revisão em alta para as estimativas do Produto Interno Bruto (PIB), inflação e Selic em 2024. Pela sexta semana consecutiva, o mercado modificou a projeção para o PIB deste ano, agora estimando crescimento de 3,0%, contra 2,96% na semana anterior.
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Ao mesmo tempo, a mediana para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 também aumentou, pela décima semana seguida, de 4,35% para 4,37% – aproximando-se ainda mais do teto da meta para este ano, de 4,50%. Após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na semana ada, os economistas também continuaram ajustando as premissas para a Selic ao fim do ano, agora em 11,50%, vindo de 11,25% na semana anterior.
Em Nova York, as Bolsas de Valores seguiram movimento contrário ao principal índice da B3 e fecharam no campo positivo. S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 0,28%, 0,15%, 0,14%, respectivamente. Entre os indicadores de destaque da semana, a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) americano do segundo trimestre será divulgada na quinta-feira (26), enquanto o índice de preços de gastos com consumo (PCE, em inglês) mensal será conhecido na sexta-feira (27).
Por aqui, as atenções se voltam para a publicação da ata da última reunião do Copom, na terça-feira (24). “Ao meu ver, o tom será mais duro, pois as projeções de inflação e PIB estão aumentando a cada semana no Boletim Focus e, se o governo não começar a realmente cortar os gastos, só a elevação da Selic não vai ser suficiente para conter a alta inflacionária”, afirma Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócia da AVG Capital.
As três ações que mais valorizaram no dia foram Santos Brasil (STBP3), Weg (WEGE3) e Embraer (EMBR3).
As ações da Santos Brasil (STBP3) lideraram com folga os ganhos do Ibovespa nesta segunda-feira, finalizando a sessão em alta de 16,44% a R$ 14,8. O movimento ocorreu após a gestora de investimentos Opportunity vender sua participação de aproximadamente 48% na companhia para a CMA CGM, empresa global de transporte e logística, por R$ 15,30 por ação.
A STBP3 está em alta de 13,85% no mês. No ano, acumula uma valorização de 64,08%.
Os papéis da Weg (WEGE3) também se destacaram positivamente no pregão, encerrando o dia em alta de 3,43% a R$ 54,32. Considerados ativos mais defensivos, eles foram beneficiados pelo clima de maior aversão a risco.
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A WEGE3 está em alta de 0,31% no mês. No ano, acumula uma valorização de 49,31%.
Quem também se saiu bem foi a Embraer (EMBR3), que encerrou o dia em valorização de 2,2% a R$ 49,31, refletindo a decisão da Fitch de elevar a nota de crédito de longo prazo da empresa para “BBB-“.
A EMBR3 está em alta de 5,3% no mês. No ano, acumula uma valorização de 120,23%.
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Yduqs (YDUQ3), Usiminas (USIM5) e Vibra (VBBR3).
As ações da Yduqs (YDUQ3) sofreram a maior baixa do Ibovespa hoje e terminaram o pregão em queda de 5,34% a R$ 9,4, contaminadas pelo avanço dos juros futuros.
A YDUQ3 está em baixa de 4,57% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 57,31%.
Outro destaque negativo foi a Usiminas (USIM5), que cedeu 4,76% a R$ 5,6, após o JPMorgan rebaixar a recomendação para as ações da empresa de overweight (equivalente à compra) para underweight (equivalente à venda), fixando um preço-alvo de R$ 5,50 para 2025. Segundo o banco, a decisão foi tomada porque os custos de produção da companhia não diminuíram conforme o esperado.
A USIM5 está em baixa de 10,11% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 37,64%.
Quem também se saiu mal no Ibovespa hoje foi a Vibra (VBBR3), que caiu 4,04% a R$ 23,78. Nenhuma notícia sobre a empresa, no entanto, esteve no radar dos investidores.
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A VBBR3 está em baixa de 7,54% no mês. No ano, acumula uma valorização de 9,23%.
*Com Estadão Conteúdo
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