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O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou que a oferta pública inicial (IPO, em inglês) da Caixa Asset só irá ocorrer se o mercado pagar um valor que a empresa considera justo. “Se o mercado estiver contaminado com uma discussão política, que não vai valorizar a Caixa Asset, [não abriremos]”, disse o economista na segunda-feira (24).
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Guimarães participou do programa Direto ao Ponto, do grupo Jovem Pan, que contou com a participação da editora-chefe do E-Investidor, Valéria Bretas, além de Cláudio Gradilone, editor da IstoÉ Dinheiro, Edilson Salgueiro, repórter da Revista Oeste, e Luis Artur Nogueira, jornalista da Jovem Pan.
O executivo estimou que a entrada da Caixa Asset na bolsa de valores poderia ser feita em meados de abril, se as condições forem favoráveis. Ele destacou, no entanto, que a operação ainda precisa ser aprovada pelo conselho de istração da empresa, apesar dos executivos já entenderem que a abertura deveria acontecer.
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Não são todos os fundos da Caixa que serão incluídos no IPO. Segundo o presidente, aqueles de “empresas que geraram problema no ado, ou seja, que se envolveram em delação premiada” ficarão de fora. Estarão inclusos apenas os “fundos em que os clientes da Caixa colocam dinheiro”, explicou.
No ano ado, a Caixa fez a abertura de capital da Caixa Seguridade, holding de serviços de seguro do banco, que movimentou R$5 bilhões na B3, segundo dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O valor foi de R$ 9,67 por ação.
Durante a entrevista, Guimarães também negou que pretende disputar algum cargo eletivo neste ano. O nome dele foi citado como possível candidato a vice na chapa do presidente Jair Bolsonaro (PL). “Poder ter essa ajuda, em especial no lado social, mas mantendo o banco com uma lucratividade muito grande é um grande orgulho”, afirmou o presidente do banco, reforçando estar satisfeito com seu cargo atual e tecendo elogios a Bolsonaro.
Questionado se é favorável à privatização da estatal, Guimarães foi enfático ao dizer que o banco não deve ser transferido para a iniciativa privada e que a venda também não é cogitada neste momento. Vale ressaltar que o economista já defendeu no ado que a Caixa deveria ser privatizada. Agora, o executivo diz ter mudado de opinião.
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“Enquanto houver uma desigualdade social relevante no Brasil, eu não consigo ver o Brasil sem uma Caixa Econômica Federal”, disse.
“O único banco que está abrindo agência é a Caixa. E a questão digital? O maior banco digital do Brasil é a Caixa, com 109 milhões de contas digitais. Agora, tem 20 milhões de pessoas que não sabem ler nem escrever, quando a gente vai visitar as agências, as pessoas pedem ajuda, sem os nossos funcionários, eles não vão conseguir sacar o dinheiro. Você já imaginou utilizar um celular? Por isso é importante visitar [as agências]. Por isso tem a necessidade de abrir agências. Estamos abrindo ao redor de 300 agências, 100 do agro e as outras em comunidades do interior”, afirmou Guimarães.
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