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O Ibovespa amargou perdas de 1,60% em outubro, mês marcado por diferentes turbulências no cenário nacional e internacional, com as expectativas por medidas de corte de gastos no Brasil e pelos resultados das eleições presidenciais americana. Com o desempenho no mês, o índice da B3 ou a acumular queda de 4,52% no ano.
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Com um cenário de maior insegurança, o dólar subiu 6,13% no mês, ampliando seus ganhos em 2024 para 20,93%. A pressão sobre o câmbio aumenta enquanto Donald Trump avança nas pesquisas de intenção de voto, embora continue em empate técnico com a democrata Kamala Harris. Na visão do time da Empiricus, o republicano deve diminuir impostos e impulsionar mais o crescimento da economia, mas sem um corte proporcional de despesas. Além disso, ele é sabidamente favorável à taxação de importações chinesas e europeias, o que pode ser inflacionário.
“Com isso, o mercado ou a precificar uma vitória de Trump: mais crescimento, mais inflação e menor flexibilização monetária. Os juros de longo prazo subiram para o maior patamar desde julho de 2024, o dólar ganhou força contra as demais moedas, e as Bolsas americanas andaram. A temporada de resultados do terceiro trimestre, positiva até o momento, também sustenta os ativos de risco nos Estados Unidos“, indica o time da corretora em relatório.
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Internamente, as preocupações fiscais voltaram a influenciar o tom do mercado. Outubro foi um mês “morno” em termos de anúncios de política econômica, devido às eleições municipais. Agora investidores aguardam anúncios mais contundentes relacionados ao controle de despesas públicas, principalmente por conta dos recentes movimentos do dólar (chegando a R$ 5,78), e dos juros futuros, que aumentaram a preocupação com o comportamento da inflação.
Na opinião da Ágora Investimentos, embora ainda seja incerto, o anúncio de medidas de corte de despesas poderia ser um gatilho importante para ajudar a reduzir o prêmio de risco, contribuindo para alguma melhora do apetite em Bolsa. “A leitura do ambiente nos parece complexa e pouco óbvia. O grande argumento em favor da alocação em ações é o fato de que há excelentes empresas, de sólidos fundamentos, com valuations atrativos e boas pagadoras de dividendos”, destacou a equipe de research da corretora.
Enquanto isso, os investidores seguem atentos à temporada de resultados corporativos do terceiro trimestre de 2024. Pelas estimativas da Ágora, cerca de 70% das empresas do Ibovespa devem reportar lucros maiores em comparação ao mesmo período de 2023. As preocupações, no entanto, estão relacionadas ao próximo ano, quando a corretora vê uma desaceleração da economia doméstica como resposta ao ciclo de aperto monetário que está em andamento. “Nesse sentido, pode haver impacto na tendência até então crescente dos lucros das empresas, o que seria um fator negativo obviamente para a precificação dos ativos”, afirma a casa.
Quatro ações se destacam entre as recomendações de bancos e corretoras consultados pelo E-Investidor. No topo do ranking, com cinco menções, está o Itaú (ITUB4). Logo em seguida, vem Petrobras (PETR4), JBS (JBSS3) e Localiza (RENT3), cada uma com quatro indicações.
Na visão da Terra Investimentos, que inclui os papéis do banco em sua carteira para novembro, o Itaú se destaca por seus últimos resultados financeiros robustos e por um crescimento consistente no lucro líquido, refletindo uma gestão eficiente e uma forte capacidade de geração de receitas. Com um valuation que sugere potencial de valorização, a corretora tem recomendação de compra para a ação e preço-alvo de R$ 42. Vale lembrar que a empresa divulga seu balanço do terceiro trimestre na próxima segunda-feira (4).
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Outro destaque que costuma sempre aparecer nas carteiras de bancos e corretoras é a Petrobras. A Ágora entende que a tese para o investimento na estatal continua ancorada nas expectativas de retorno total ao acionista por meio da distribuição de bons dividendos. “Para os próximos meses, é importante monitorar o plano estratégico da companhia, com mais detalhes sobre seu cronograma de CAPEX (investimentos), mas não esperamos grandes mudanças na estratégia de alocação de capital”, reflete a corretora.
Em relação à JBS, a Ágora também tem uma visão positiva. A casa acredita que as margens da empresa devem atingir o pico no trimestre em meio aos spreads de aves que agora estão desacelerando nos Estados Unidos. Esses spreads nada mais são do que a diferença entre o preço pago pelo animal e o preço de venda da carne in natura ou da carne processada. Mesmo assim, espera que a desaceleração do ciclo avícola seja gradual ao longo do quarto trimestre de 2024 e 2025, à medida que as restrições de oferta persistem.
Por fim, a Localiza, que já tinha se destacado nas recomendações para outubro, voltou a aparecer entre as ações favoritas para novembro. A Terra Investimentos mantém o papel na carteira, pela assimetria positiva resultante da desvalorização dos ativos em 2024, enquanto os preços de carros novos e usados mostram sinais de estabilização. “A depreciação elevada já precificada abre oportunidades de valorização, tornando o atual nível de preços atrativo para investidores”, pontua a casa.
Veja a seguir as carteiras recomendadas de ações dos bancos e corretoras consultados pelo E-Investidor para novembro:
Para o mês de novembro, a Ágora optou por não realizar nenhuma mudança em sua carteira recomendada de ações.
| Ações |
|---|
| Eneva (ENEV3) |
| Cyrela (CYRE3) |
| EcoRodovias(ECOR3) |
| BTG Pactual (BPAC11) |
| Telefônica Brasil (VIVT3) |
| Localiza (RENT3) |
| JBS (JBSS3) |
| Petrobras (PETR4) |
| Sabesp (SPSP3) |
| Vale (VALE3) |
O BB modificou sua carteira por completo para novembro. Saíram Bradespar (BRAP4), CSN (CSNA3), Eneva (ENEV3), SLC Agrícola (SLCE3) e Tim (TIMS3), com entrada de Totvs (TOTS3), BRF (BRFS3), Minerva (BEEF3), Marfrig (MRFG3) e Rumo (RAIL3).
| Ações |
|---|
| Totvs (TOTS3) |
| BRF (BRFS3) |
| Minerva (BEEF3) |
| Marfrig (MRFG3) |
| Rumo (RAIL3) |
A Empiricus fez uma modificação em sua carteira recomendada de ações para novembro. Incluiu os papéis da Porto Seguro (PSSA3), retirando as ações da StoneCo (STOC31).
| Ações |
|---|
| Cosan (CSAN3) |
| Equatorial (EQTL3) |
| Itaú (ITUB4) |
| Localiza (RENT3) |
| Iguatemi (IGTI11) |
| Eletrobras (ELET6) |
| Direcional (DIRR3) |
| Porto Seguro (PSSA3) |
| Prio (PRIO3) |
| Grupo SBF (SBFG3) |
Em relação ao mês de outubro, saíram as ações da BTG Pactual (BPAC11), BR Partners (BRBI11), FL Energia (FE3), GPS Participações (GGPS3) e Sanepar (SAPR11), com inclusão dos papéis da Direcional (DIRR3), Irani (RANI3), Taesa (TAEE11), Tenda (TEND3) e Três Tentos (TTEN3).
| Ações |
|---|
| Direcional (DIRR3) |
| Irani (RANI3) |
| Taesa (TAEE11) |
| Itaú (ITUB4) |
| Engie (EGIE3) |
| Energisa (ENGI11) |
| Tenda (TEND3) |
| JBS (JBSS3) |
| Sabesp (SBSP3) |
| Três Tentos (TTEN3) |
O PagBank fez duas mudanças em sua carteira de ações para novembro. Saíram Tim (TIMS3) e Banco do Brasil (BBAS3), com entrada de JBS (JBSS3) e Itaú (ITUB4).
| Ações |
|---|
| Itaú (ITUB4) |
| Cemig (CMIG4) |
| JBS (JBSS3) |
| Marcopolo (POMO4) |
| Petrobras (PETR4) |
A RB realizou apenas uma troca em sua carteira recomendada de ações para novembro. Retirou os papéis da Camil (CAML3) e incluiu os da Vivara (VIVA3).
| Ações |
|---|
| Embraer (EMBR3) |
| Itaú (ITUB4) |
| Vale (VALE3) |
| RD Saúde (RADL3) |
| SYN Prop (SYNE3) |
| Smart Fit (SMFT3) |
| Plano&Plano (PLPL3) |
| Allos (ALOS3) |
| BB Seguridade (BBSE3) |
| PetroRio (PRIO3) |
| Localiza (RENT3) |
| Iguatemi (IGTI11) |
| JBS (JBSS3) |
| Klabin (KLBN11) |
| Moura Dubeux (MDNE3) |
| Vivara (VIVA3) |
| Equatorial (EQTL3) |
| Petrobras (PETR4) |
| Direcional (DIRR3) |
A Terra fez uma única alteração em sua carteira recomendada de ações: retirou as ações da Suzano (SUZB3) e incluiu os papéis do Itaú (ITUB4) no lugar.
| Ações |
|---|
| Vale (VALE3) |
| Localiza (RENT3) |
| Petrobras (PETR4) |
| Carrefour (CRFB3) |
| Gerdau (GGBR4) |
| Arezzo (ARZZ3) |
| Cyrela (CYRE3) |
| Cosan (CSAN3) |
| Itaú (ITUB4) |
| RD Saúde (RADL3) |
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