EUA e China chegam a acordo comercial. (Foto: Adobe Stock)
A semana, que começa agitada pelo acordo comercial entre Estados Unidos e China, traz a inflação nos EUA medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (I), discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, e do presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, além do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido e da zona do euro no primeiro trimestre. No Brasil, o mercado financeiro hoje acompanha o balanço do primeiro trimestre da Petrobras (PETR3; PETR4) e boletim Focus.
Ainda na agenda econômica hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista. No exterior, são esperados discursos da dirigente do BoE, Catherine Mann e da diretora do Fed, Adriana Kugler. Na zona do euro, ocorre a reunião do Eurogrupo.
Balanço de Petrobras, adiamento de resultado do BB e acordo da Minerva impactam Ibovespa; veja os destaques de hoje
Ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) sai na terça-feira (13), enquanto a pesquisa de serviço será divulgada na quarta-feira (14), vendas no varejo na quinta-feira (15) e Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) na sexta-feira (16). Veja o calendário econômico completo da semana aqui.
Entre balanços corporativos também esperados para a semana estão Petrobras e Itaúsa (ITSA4) nesta segunda-feira; Caixa, JBS (JBSS3) e Nubank (ROXO34) na terça-feira; Bradespar (BRAP4) e Eletrobras (ELET3; ELET6) na quarta-feira; Banco do Brasil (BBAS3), BRF (BRFS3), Cosan (CSAN3) e Marfrig (MRFG3) na quinta-feira. Confira aqui o calendário de balanços trimestrais completo da semana.
Nos próximos dias, no exterior, o índice de preços ao consumidor (I) dos EUA do primeiro trimestre sai nesta terça-feira e discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, acontece na quinta-feira.
Na terça-feira, tem também discurso do presidente do BoE, Andrew Bailey. Na quarta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, inicia viagem pelo Oriente Médio, que inclui visitas a Arábia Saudita, Qatar e Emirados Árabes Unidos, enquanto no mesmo dia sai o relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Na sexta-feira, são esperados o PIB do Reino Unido e da zona do euro no primeiro trimestre, produção industrial da zona do euro e vendas no varejo dos EUA. Também na sexta-feira, tem a balança comercial da zona do euro e discursos de dirigentes do Fed.
O que movimenta o mercado financeiro hoje
Acordo comercial entre EUA e China
Os Estados Unidos e a China anunciaram nesta segunda-feira (12) que chegaram a um acordo para suspender a maior parte das tarifas sobre produtos um do outro por um período de 90 dias, enquanto outras negociações comerciais continuam.
O acordo prevê que os EUA reduzirão as tarifas sobre produtos chineses de 125% para 10%, enquanto a China diminuirá suas tarifas sobre produtos americanos de 125% para 10%. Os EUA mantiveram tarifas de 20% relacionadas ao fentanil. Acompanhe aqui ao longo do dia as atualizações dos principais mercados hoje.
Na Europa, os mercados têm ganhos mais moderados, com destaque para ações de mineração, do setor de luxo e de petróleo. Os juros dos títulos soberanos europeus e dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) dos EUA também sobem. Na Ásia, a Bolsa de Hong Kong, que ainda não havia fechado quando saiu a notícia, subiu perto de 3%.
Além disso, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou uma ordem executiva para cortar os preços de medicamentos e produtos farmacêuticos nos EUA em até 80%, considerada uma das medidas mais significativas da história americana.
Focus atualiza apostas para juros e inflação no País
O boletim Focus do Banco Central (BC) atualizou, nesta segunda-feira (12), as previsões para os principais indicadores econômicos, incluindo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e taxa Selic.
A mediana do relatório do BC para a inflação brasileira teve uma leve melhora em 2025, ando de 5,53% a 5,51%, mas ainda acima do teto da meta (4,50%). Já as projeções para os juros brasileiros mostraram a Selic em 14,75% no fim de 2025. Leia os detalhes nesta matéria.
Commodities avançam e ADRs disparam
O petróleo também reage positivamente ao acordo comercial entre EUA e China. Nesta manhã, o barril do petróleo WTI para junho subia 2,51%, enquanto o do Brent para julho avançava 2,41%.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro fechou em alta de 3,16%, cotado a 718,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 99,27 em Dalian, na China.
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Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale(VALE3) avançavam 3,21% no pré-mercado de Nova York nesta manhã. Já os ADRs da Petrobras(PETR3; PETR4) subiam 2,12%.
Ibovespa hoje deve acompanhar otimismo global?
O Ibovespa hoje deve se beneficiar do rali em Wall Street com o pacto fechado entre EUA e China. O EWZ, principal fundo de índice (ETF, fundo de investimento negociado na Bolsa de Valores como se fosse uma ação) brasileiro negociado em NY, subia 1,60% nesta manhã no pré-mercado.
Já odólar hoje e rendimentos dos Treasuries também se fortalecem, o que pode pesar no real e curva de juros futuros.
O investidor também deve gostar da notícia de que o governo Lula anunciou nesta segunda-feira, que gigantes chinesas querem investir cerca de R$ 27 bilhões no Brasil, nos setores de delivery e fast-food, entre outros, além do mercado de semicondutores.
No radar do mercado financeiro hoje, está a notícia de que o novo programa para subsidiar a compra de gás por famílias de baixa renda deve demandar, nos cálculos do governo, R$ 5 bilhões anuais do Orçamento, que serão reados ao público-alvo por meio de um voucher da Caixa Econômica Federal.
