O ibovespa é o principal índice da B3 (Foto: Adobe Stock)
O Ibovespa hoje subiu em meio ao otimismo global após os Estados Unidos e China chegarem a um acordo comercial nesta segunda-feira (12). Os países suspenderam a maioria das tarifas sobre produtos um do outro por um período de 90 dias, enquanto outras negociações comerciais continuam.
O principal indicador da Bolsa de Valores brasileira avançou 0,04%, a 136.563,18 pontos. Os principais índices do mercado americano dispararam. O S&P 500 subiu 3,26%, o Dow Jones avançou 2,81% e o Nasdaq teve alta de 4,35%.
Os EUA disseram que reduzirão as chamadas tarifas “recíprocas” sobre produtos chineses de 125% para 10%. A China, por sua vez, disse que diminuirá suas tarifas sobre produtos americanos de 125% para 10%. Tarifas dos EUA relacionadas à questão do fentanil e outras medidas continuarão em vigor.
Os dois países disseram que “estabelecerão um mecanismo para dar continuidade às discussões sobre as relações econômicas e comerciais”. O anúncio conclui dois dias de negociações intensas na Suíça, que tiveram o objetivo de aliviar as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
Desde que iniciou seu segundo mandato, o presidente dos EUA, Donald Trump, aplicou tarifas de 145% a produtos chineses, enquanto Pequim retaliou com tarifação de 125% às importações dos EUA. No mercado de câmbio, o dólar fechou em alta frente o real. As negociações nacionais acompanharam a valorização da moeda americana no exterior, após acordo comercial entre EUA e China. O dólar subiu 0,52%, a R$ 5,6840.
Balanços e Haddad são destaques no Ibovespa hoje
No Brasil, a Petrobras (PETR3; PETR4) divulga o balanço do primeiro trimestre de 2025 nesta noite. As ações ordinárias da petroleira (PETR3) avançaram 2,71%, a R$ 34,10, enquanto as preferenciais (PETR4) subiram 2,39% a R$ 31,65. A expectativa é que a empresa reporte lucro de US$ 5,1 bilhões, alta anual de 6,4%, segundo o Prévias Broadcast.
No cenário macroeconômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedeu entrevista ao vivo à TV Uol. O político disse hoje que a estratégia de atração de investimentos em data centers deve ser anunciada após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltar da viagem ao exterior. “Assim que o presidente voltar, ele deve marcar uma data para anunciar”, informou.
O plano de investimentos, afirmou o ministro, tem vários objetivos – entre eles, aproveitar de maneira mais adequada a energia limpa gerada no Brasil e diminuir o déficit externo com pagamentos de serviços. Além disso, acrescentou, existe por trás da política de data centers uma questão estratégica, relacionada à segurança de dados protegidos por sigilo.
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“Estamos importando 60% dos serviços de data center hoje. Não faz muito sentido. O Brasil tem energia limpa e barata, o Brasil tem um cabeamento superior aos seus vizinhos, de melhor qualidade. Quer dizer, o País tem tudo para processar aqui os seus dados, inclusive por razão de segurança”, afirmou Haddad.
Mais cedo, o Banco Central divulgou o Boletim Focus: a mediana para o IPCA de 2025 ou de 5,53% para 5,51%, a quarta baixa seguida. Agora, está 1,01 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Considerando apenas as 48 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a medida ou de 5,51% para 5,50%.
A projeção para o IPCA de 2026 caiu de 4,51% para 4,50%, colada ao teto da meta. Um mês antes, também era de 4,50%. Considerando apenas as 47 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, oscilou de 4,52% para 4,50%. Para a taxa básica de juros da economia, a Selic, a projeção se manteve em 14,75% para o fim de 2025. E a projeção do PIB se manteve inalterada com um crescimento de 2%.
Ouro fecha em forte queda
A cotação do ouro registrou forte queda nesta segunda-feira, pressionada pelo alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), o contrato do metal para entrega em junho caiu 3,46%, encerrando o dia a US$ 3.228,0 por onça-troy. A valorização do dólar, que se manteve perto da máxima em um mês, adicionou pressão sobre os preços do metal.
Petróleo sobe com avanços nas negociações entre China e EUA
Os contratos futuros de petróleoencerraram a segunda-feira em alta, impulsionados pela trégua tarifária entre Estados Unidos e China, que atenuou preocupações sobre a disputa comercial que ameaça o crescimento econômico e a demanda global pela commodity. Apesar do avanço, os preços recuaram em relação aos picos atingidos pela manhã.
Na Nymex, o contrato de petróleo WTI para junho subiu 1,52%, fechando a 61,95 o barril. O Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 1,64%, para US$ 64,96 o barril.
Mercado europeu reage com forte otimismo e dispara
As bolsas europeias fecharam em alta nesta segunda-feira, impulsionadas pelo alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que concordaram em suspender a maioria das tarifas por 90 dias. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 1,21%, a 544,49 pontos.
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A agenda de indicadores e balanços corporativos da Europa de hoje esteve praticamente esvaziada, mas o UniCredit divulgou informe trimestral que superou expectativas de lucro e receita. A ação do banco italiano exibiu robusta alta de 4,18% em Milão.
Em Londres, o FTSE 100 avançou 0,59%, aos 8.604,98 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,29%, aos 23.566,54 pontos. Já o CAC 40, de Paris, avançou 1,37%, aos 7.850,10 pontos. O FTSE MIB, de Milão, teve alta de 1,40%, para 39.921,61 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 registrou ganho de 1,76%, aos 7.110,83 pontos, fechando na máxima do dia. O Ibex 35, de Madri, subiu 0,75%, a 13.655,30 pontos.
Bolsa de Hong Kong tem forte alta após acordo entre EUA e China
As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta segunda-feira, na expectativa de detalhes do acordo comercial entre EUA e China, que foram divulgados por volta das 4h (de Brasília), impulsionando o mercado de Hong Kong, que ainda não havia encerrado os negócios.
Liderando os ganhos na Ásia, o índice Hang Seng saltou 2,98% em Hong Kong, garantindo a maior alta diária em mais de dois meses, a 23.549,46 pontos. O Yuan Chinês subiu 0,45%, a US$ 0,1388.
Em outras partes da região asiática, onde os pregões já haviam sido finalizados antes do acordo Washington-Pequim, o japonês Nikkei subiu 0,38% em Tóquio, a 37.644,26 pontos, o sul-coreano Kospi avançou 1,17% em Seul, a 2.607,33 pontos, e o Taiex registrou alta de 1,03% em Taiwan, a 21.129,54 pontos.
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Na China continental, onde as bolsas também já estavam fechadas quando o acordo entre EUA e China foi anunciado, o Xangai Composto subiu 0,82%, a 3.369,24 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,70%, a 2.004,13 pontos. Na Oceania, a bolsa australiana ficou praticamente estável, com alta marginal de 0,03% do S&P/ASX 200, a 8.233,50 pontos. Para mais informações sobre o Ibovespa hoje, clique aqui.