Mercado hoje: exterior mostra cautela que deve contaminar o Ibovespa; Petrobras, Americanas e C&A são destaques

Em relação ao Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), a expectativa majoritária do mercado é de manutenção da Selic em 13,75% ao longo do primeiro trimestre – o anúncio será realizado na quarta-feira. Mas o investidor mantém no radar o Boletim Focus diante da contínua deterioração das expectativas de inflação e na elevação da projeção para Selic para 2024 e 2025.

No cenário político, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reagiu a críticas do PL e disse que tomará medidas contra golpistas criminosos. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começou esta semana a fazer campanha pela eleição de Rogério Marinho (PL-RN) à presidência do Senado. O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, rejeitou ontem o pedido para suspender a posse de 11 bolsonaristas eleitos por suposto envolvimento nos atos golpistas em Brasília.

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As Bolsas internacionais mostram cautela nesta manhã diante da expectativa com as decisões sobre juros dos Estados Unidos e da Europa. Sinais de arrefecimento da inflação norte-americana e a percepção de que as expectativas inflacionárias seguem ancoradas fortaleceram o argumento em favor de um aperto mais brando nas taxas de juros. O euro renovou máximas ante o dólar após divulgação de que índice de sentimento econômico da zona do euro avançou mais do que o esperado em janeiro.

Fique de olho

Petrobras (PETR4)

A Petrobras recebeu à vista R$ 1,3 bilhão referente ao complemento da compensação firme (earnout) do exercício de 2022 do bloco de Sépia. O valor já inclui o gross-up (desconto do efeito de impostos em valores brutos de investimentos) referentes às participações de 28%, 21% e 21% da Total Energies EP Brasil, Petronas Petróleo Brasil e Qatar Energy Brasil, respectivamente. A empresa disse esperar receber a totalidade do pagamento até o dia 31 de janeiro de 2023.

Americanas (AMER3)

A Americanas entrou com recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) contra decisão favorável ao Bradesco que determinava a produção antecipada de provas com a apresentação de e-mails de executivos e funcionários da companhia, dentre eles o ex-CEO Miguel Gutierrez. O documento diz que o banco não tem poder para solicitar as provas, que a apuração não pode ser feita de forma atabalhoada, que o Bradesco não tem competência para promover ampla e profunda investigação e que a pretensão é midiática e abusiva.

C&A (CEAB3)

O Conselho de istração da C&A aprovou a prorrogação da parceria com o Bradesco por 2 anos e meio. A decisão prevê a manutenção das atuais contas ativas e da remuneração pela prestação de serviço de abertura de novas contas do cartão de crédito Bradescard.

Caixa Seguridade (CXSE3)

A Caixa Seguridade concluiu a venda da totalidade da participação detida na CNP Participações em Seguros (Holding Saúde), que detém as participações na Previsul e CNP Cap, pelo valor total de R$ 166,776 milhões. O negocio com a CNP Assurances tinha sido anunciado inicialmente em 13 de setembro ado.

CVC (CVCB3)

A CVC informou que decidiu, em comum acordo, desistir da aquisição da startup Oner Travel, que tinha sido anunciada em setembro e previa a compra das operações do Brasil e de Portugal.

Equatorial (EQTL3)

A Celg Distribuição, de Goiás, comunicou que sua acionista controladora, Equatorial Participações, apresentou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedido de registro de oferta pública de aquisição de ações por alienação de controle (OPA), em decorrência da aquisição em dezembro do controle da companhia detido pela Enel Brasil.