Pré-mercado: futuro de NY e Europa em recuperação e IGP-M são destaques desta terça-feira

No Brasil, o mercado monitora evento com o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, além das leituras do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M, conhecido como inflação do aluguel) de agosto e do resultado primário do Governo Central em julho.

A manhã desta terça-feira (30) é de recuperação nos mercados de ações do exterior. Os futuros de Nova York sinalizam para uma abertura das bolsas em alta, após terem fechado ontem em queda, e há expectativa se os presidentes regionais do Fed Thomas Barkin (Richmond) e John Williams (NY) podem trazer sinalizações sobre o rumo do ciclo de aperto monetário nos EUA.

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As praças europeias tentam colocar um pouco de lado os temores sobre mais aumentos de juros na zona do euro e na economia norte-americana e também sobem. O movimento ocorre apesar de o índice de sentimento econômico do bloco ter caído mais do que o esperado em agosto, atingindo o menor patamar em 18 meses, em meio à deterioração da confiança no setores industrial e de serviços.

A melhora externa das bolsas e quedas do índice DXY do dólar – que mede o desempenho da divisa norte-americana frente a outros pares relevantes – e dos retornos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo dos EUA) podem favorecer o Ibovespa e dar alívio aos mercados de câmbio e de juros. Os investidores vão repercutir também o IGP-M de agosto, dirigentes do Fed e Campos Neto.

O índice de preços deve ajudar no viés de baixa da parte curta da curva, uma vez que a expectativa é de deflação de 0,56% na margem, após alta de 0,21% em julho.

No câmbio, em véspera de definição da Ptax (taxa de referência para operações de câmbio) de fim de mês, o dólar pode se manter volátil após entrada de fluxo cambial derrubar a moeda à vista aos R$ 5,0334 (-0,88%) no fechamento ontem (29).

Entre os argumentos no mercado para justificar esse movimento estiveram a continuidade do ingresso de recursos externos para renda fixa e variável e a especulação típica de final de mês, com investidores buscando influenciar na formação da última Ptax de agosto.

Na corrida presidencial, pesquisa Ipec/TV Globo mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 44% das intenções de votos, o atual presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) aparece com 32%, Ciro Gomes (PDT) com 7%, e Simone Tebet (MDB), com 3%. Lula venceria Bolsonaro no segundo turno por um placar de 50% a 37%.

Em relação à pesquisa anterior, o atual presidente subiu dois pontos porcentuais, enquanto o petista oscilou um ponto para baixo. Os candidatos à Presidência terão uma nova sabatina nesta semana, promovida pela CNN. A série de entrevistas foi aberta na noite de ontem por Simone Tebet (MDB). A campanha do Bolsonaro ainda não confirmou a participação após o desgaste do candidato à reeleição no debate deste domingo com o público feminino.

Agenda

Dirigentes do Fed, IGP-M e resultado primário em destaque – A agenda de hoje traz nos EUA discursos de dirigentes do Fed Thomas Barkin, de Richmond(9h00), e John Williams, de Nova York (12h00), além de relatório de emprego Jolts (11h00), confiança do consumidor (11h00) e estoques API (American Petroleum Institute, responsável pela divulgação dos estoques de combustíveis nos EUA) de petróleo (17h30).

Na Alemanha, tem a preliminar da inflação ao consumidor deste mês (9h00). Na China, o Índice de Gerente de Compras (PMI, dado de atividade econômica) composto (22h30).

Por aqui, no Brasil, são esperados o IGP-M de agosto (8h00) e o resultado primário do Governo Central em julho (14h30). Destaque também ao leilão de NTN-B e LFT (11h00). O presidente do BC, Roberto Campos Neto, participa do evento em Brasília (15h00).

Por volta das 7h20

Barril do petróleo WTI para outubro cedia 1,50% na Nymex, a US$ 95,55, enquanto o do Brent para novembro caía 2,28% na ICE, a US$ 102,69.

No mercado futuro em Nova York, o Dow Jones subia 0,70%, o S&P 500 avançava 0,87% e o Nasdaq tinha ganho de 1,78%.

O rendimento da T-note de 2 anos subia a 3,413% (de 3,437% no fim da tarde de ontem), enquanto o da T-note de 10 anos caía a 3,065% (de 3,104%) e o do T-bond de 30 anos recuava a 3,198% (de 3,242%).

O índice DXY caía 0,40%, a 108,39 pontos, e o dólar recuava a 138,27 ienes (de 138,74 ienes no fim da tarde de ontem), enquanto o euro subia a US$ 1,004 (de US$ 0,9996) e a libra avançava a US$ 1,1733 (de US$ 1,1703).