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A Tim (TIMS3) reportou lucro líquido normalizado de R$ 1 bilhão no quarto trimestre de 2024, alta de 17% na comparação com o mesmo período de 2023, mostra documento divulgado na noite desta segunda-feira (10). No acumulado do ano, a empresa anunciou lucro líquido de R$ 3,16 bilhões, crescimento de 17%. Analistas do mercado financeiro comentam que o resultado foi sólido e positivo, mas em linha com o esperado.
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Para a XP Investimentos, a ação da Tim tende a operar sem grandes variações no pregão de hoje. O analista comenta que os números vieram dentro do esperado, com as receitas crescendo 5,7% na comparação entre o quarto trimestre de 2024 e igual período de 2023, chegando a R$ 6,6 bilhões.
Ele destaca também que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) normalizado, que mede o resultado operacional, cresceu 6,2%, alcançando R$ 3,3 bilhões. A alta foi impulsionada pelo controle de custos da empresa, que manteve o crescimento abaixo da receita total. Segundo o especialista, isso levou a uma margem Ebitda de 50,5%, alta de 0,3 ponto porcentual.
A Tim anunciou que atualizou as metas (guidances) do seu plano estratégico, com projeções para o ano de 2025 e para o triênio de 2025 a 2027. A companhia manteve a previsão de realizar investimentos anuais na faixa de R$ 4,4 bilhões a R$ 4,6 bilhões, destinados principalmente para infraestrutura de rede e expansão da cobertura 5G.
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A operadora divulgou também previsão de crescimento da receita de serviços na ordem de 5% em 2025 e de 5% para o triênio. A estimativa para 2025 indica uma perspectiva de desaceleração na comparação com 2024, quando a receita de serviços cresceu 6,4%. Já os dividendos da Tim devem ficar em R$ 3,9 bilhões a R$ 4,1 bilhões em 2025 e de R$ 13,5 bilhões a R$ 14 bilhões no triênio até 2027.
“Os resultados foram sólidos, mas em sua maioria, dentro das expectativas (assim como o guidance). Dessa forma, esperamos uma reação neutra do mercado. O guidance para 2025 a 2027 está alinhado às nossas projeções. Um ponto-chave a ser monitorado será a capacidade da TIM de rear os custos inflacionários para sua base de clientes em um ambiente macroeconômico desafiador e com aumento da concorrência, incluindo a entrada da NuCel”, diz Bernardo Guttmann, que assina o relatório da XP.
A corretora estima dividend yield (rendimento de dividendos) da Tim em 12% no acumulado de 2025. A corretora recomenda compra para as ações TIMS3 com preço-alvo de R$ 21, alta de 32,6% na comparação com o fechamento de segunda-feira (10), quando a ação encerrou o pregão a R$ 15,83.
Para os analistas da Genial Investimentos, as projeções (guidance) foram sólidas e estão em linha com nossas expectativas. Para eles, as previsões de dividendos entre R$ 13,5 e R$ 14 bilhões mostram “o compromisso da TIM com a criação de valor sustentável”.
“O novo guidance (2025–2027) é sólido, projetando crescimento sustentável da receita, disciplina nos investimentos e remuneração aos acionistas. Sendo assim, seguimos com recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 21,00”, dizem Antonio Cozman, Kaique Rocha, Ygor Bastos, que assinam o relatório da Genial. O preço-alvo equivale a uma alta de 32,6% em relação ao último fechamento.
Já os especialistas do Bradesco BBI, os resultados do quarto trimestre e a orientação futura sugerem alguma dificuldade em acelerar o crescimento da receita, provavelmente resultando em receita abaixo da inflação em um ano de alta pressão sobre os preços, com orientação para crescimento da receita agora em torno de 5%.
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“No geral, vemos os resultados e a orientação como amplamente favoráveis às nossas estimativas atuais, possivelmente indicando uma ligeira queda em nossas estimativas de receita, mas com uma ligeira alta em nossas estimativas de Ebitda e Fluxo de Caixa Livre (FCL). A orientação para dividendos se alinha com nossos números atuais e a orientação anterior, mas pode decepcionar alguns investidores mais otimistas que esperam um aumento mais rápido nas distribuições de curto prazo”, salientam os analistas.
O Bradesco BBI classifica a ação da Tim como outperform, desempenho acima da média do mercado, que equivale à recomendação de compra. O preço-alvo para as ações da Tim chega a R$ 18 no fim de 2025, alta de 13,7% na comparação com o fechamento de segunda-feira (10).
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