Vale (VALE3) é uma das maiores mineradoras do mundo. (Foto: Adobe Stock)
O Santander manteve a classificação para as ações da Vale(VALE3) em outperform, equivalente à recomendação de compra. Em relatório enviado aos clientes, o banco diz que participou de conversas com os executivos da empresa, quando eles observaram melhorias contínuas na estabilidade operacional, apoiadas por uma execução mais robusta de manutenção, otimização de processos e ajustes na liderança.
Em relatório assinado por Yuri Pereira, Giovana Langanke e Laura Zioli, o Santander reforça que a Vale permanece no caminho certo com as diretrizes de produção e custos, enquanto os excessos legados foram resolvidos. Os analistas dizem que a estratégia para o minério de ferro concentra-se em atingir uma produção anual entre 340 milhões de toneladas e 360 milhões de toneladas a longo prazo, com custos abaixo de US$ 20 por tonelada, apoiada por atualizações tecnológicas e sequenciamento de minas.
A empresa também está aumentando a capacidade de beneficiamento e mistura na China para atender à crescente demanda por outros produtos. A equipe do banco diz que o cobre continua sendo um pilar central do crescimento da Vale, com planos de dobrar a capacidade para 700 mil toneladas.
Como ficam os dividendos da Vale?
O trio de especialistas comenta que mesmo com um cenário de preço de US$ 80 por tonelada, a Vale espera manter forte liquidez, com uma alavancagem líquida em torno de 1,0 vez para preservar sua política de dividendos mínimos. “A empresa reafirmou seu plano de investimento de US$ 6 bilhões para 2025 e enfatizou sua preferência por recompras de ações em detrimento de dividendos adicionais, refletindo a forte geração de fluxo de caixa livre e uma avaliação favorável”, dizem Yuri Pereira, Giovana Langanke e Laura Zioli, que assinam o relatório do Santander.
Com base nesses pontos, os analistas calculam que a Vale deve lucrar US$ 9,78 bilhões no acumulado de 2025 e US$ 7,89 bilhões em 2026. Com base nessas estimativas de lucro, os especialistas calculam que o rendimento em dividendos da Vale (dividend yield) será de 9% para 2025 e de 10,3% para 2026.
“A empresa continua executando sua estratégia Vale 2030, ancorada em confiabilidade operacional, alocação disciplinada de capital e crescimento sustentável de longo prazo”, pontuam. Com base nesses números e expectativas, o Santander tem recomendação de compra para a Vale (VALE3) com preço-alvo de R$ 75 para o fim de 2025, uma possível alta de 40,3% na comparação com o fechamento de quinta-feira (29), quando a ação encerrou o pregão a R$ 53,45.