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O mercado de apostas esportivas vem crescendo a os largos, impulsionado pela legalização da prática em diversos estados após a decisão da Suprema Corte em 2018. Desde então, aplicativos especializados permitem que milhões de pessoas apostem em eventos esportivos diretamente de seus smartphones, movimentando bilhões de dólares.
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Segundo a Nerdwallet, estima-se que a indústria de apostas esportivas já tenha alcançado a marca de US$ 10 bilhões e, segundo projeções da Goldman Sachs Research, esse valor pode saltar para US$ 45 bilhões em breve.
Esse crescimento acelerado também tem se refletido nas ações de empresas como a DraftKings (DKNG), que, desde sua entrada na bolsa de valores em 2020, viu o valor de suas ações mais que dobradas, embora com uma certa volatilidade.
O fascínio das apostas esportivas se deve, em parte, ao fato de muitas pessoas sentirem que possuem mais conhecimento sobre esportes do que sobre o mercado financeiro. Essa familiaridade pode levar os indivíduos a acreditarem que têm mais chances de sucesso apostando do que investindo. No entanto, os especialistas alertam que essa confiança pode ser ilusória.
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Chris Woods, consultor financeiro de Charlotte da Carolina do Norte, destaca que, ao longo de uma década, é muito mais provável que investimentos constantes no mercado de ações gerem retornos mais sólidos do que apostas esportivas semanais. O índice S&P 500, por exemplo, tem apresentado um retorno médio anual de cerca de 10%, um nível de consistência que as apostas não conseguem replicar.
Além disso, as apostas esportivas muitas vezes desviam recursos que poderiam ser usados para investimentos de longo prazo. Pesquisas de universidades como Northwestern e Brigham Young mostram que famílias que se envolvem em apostas frequentemente prejudicam suas economias e aumentam suas dívidas, agravando problemas financeiros já existentes.
Ainda de acordo com a Nerdwallet, a pesquisa também indica que famílias com restrições financeiras são as mais afetadas pelas apostas esportivas, já que o endividamento aumenta com o uso frequente de cartões de crédito. Frank Paré, consultor financeiro da Califórnia, explica que, sob pressão, muitas famílias buscam soluções rápidas para melhorar sua situação financeira, e as apostas parecem oferecer uma saída fácil, mas arriscada.
Quando recursos destinados a necessidades básicas são redirecionados para apostas, o risco de instabilidade financeira aumenta, comprometendo objetivos importantes, como a compra de uma casa ou a aposentadoria. Woods reforça que o dinheiro gasto em apostas poderia, em vez disso, estar sendo utilizado para construir uma base financeira mais estável e com maior potencial de crescimento ao longo do tempo.
Para quem deseja se envolver nas apostas esportivas, os especialistas sugerem moderação e a criação de limites. Uma das maneiras de evitar excessos é reservar uma quantia específica para esse tipo de entretenimento, como se faz com outras atividades recreativas, como ir ao cinema ou a shows. Woods aconselha a nunca apostar o dinheiro que você não pode perder.
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No entanto, tanto Paré quanto Woods alertam que algumas pessoas podem ter dificuldade em manter o controle sobre seus hábitos de aposta, o que pode levar ao vício. Para quem enfrenta esse problema, é necessário a ajuda de profissionais.
Enquanto o mercado de apostas esportivas continua a crescer, a chave para evitar prejuízos pessoais pode estar no equilíbrio e na busca por aconselhamento financeiro, garantindo que esse tipo de entretenimento não comprometa a saúde financeira das famílias.
Colaborou: Gabrielly Bento.
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