Para o BTG Pactual (BPAC11), o balanço do segundo trimestre de 2025 da Gerdau (GGBR4) será um dos motivos para o investidor “rever o pessimismo” sobre a empresa, considerando o sentimento cauteloso do mercado e do ambiente macroeconômico desafiador no Brasil, que ainda devem pressionar a demanda e a lucratividade no futuro, “apesar da resiliência demonstrada nas tendências recentes da demanda e da forte disciplina de custos da Gerdau”, pontua.
Nos EUA, a principal questão, ainda segundo eles, gira em torno do impacto total das novas tarifas para o aço recentemente anunciadas pelo presidente Donald Trump. Para o BTG, a América do Norte representa uma “parcela significativa” da geração de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Gerdau, mas a empresa continua sendo negociada como se fosse uma empresa puramente brasileira.
“No geral, vemos uma queda limitada para as ações da Gerdau nos níveis atuais e acreditamos que os resultados do segundo trimestre podem ser um motivo para alguns reverem o pessimismo”, destacam os analistas Leonardo Correa e Marcelo Arazi, considerado que os lucros da empresa no curto prazo são positivos, mas mal precificados.
Os profissionais do BTG preveem as ações da Gerdau negociadas abaixo de 4 vezes o Ebitda de 2025, com rendimentos de fluxo de caixa livre próximos a 5-6% no ano, que podem se recuperar acima de 10% em 2026.
O BTG Pactual tem recomendação de compra para Gerdau PN e preço-alvo de R$ 20, visando um potencial de valorização de 24,8%, em relação ao fechamento de ontem.