O bitcoin atingiu nesta segunda-feira (11) a sua menor cotação em quase três meses. A marca de US$ 25.034,60, valor mínimo no dia, não era observada desde 15 de junho, quando a gestora BlackRock anunciou o lançamento de um ETF (Exchange Traded Fund) para acompanhar a performance da moeda. Nesta tarde, a cripto cai 2,79% cotada a US$ 25.111.
Por trás do movimento de desvalorização, está um ime com a FTX, exchange que entrou com pedido de falência em novembro do ano ado.
A notícia de uma possível liquidação de ativos da corretora e de suas empresas afiliadas impulsionou a volatilidade do mercado cripto, após um novo documento ser adicionado ao processo de reestruturação da companhia nesta segunda.
De acordo com o portal Coindesk, a FTX possui US$ 3,4 bilhões em criptomoedas e investidores temem que a exchange consiga obter a aprovação do tribunal de falências para vender esses ativos. As criptos alternativas (altcoins) são as mais afetadas, especialmente a SOL, token nativo da rede Solana. Nesta tarde, a moeda recua 3,47% cotada a US$ 86,79.
Isso porque a FTX detém US$ 1,16 bilhão dessa cripto, o que representa quase 16% de sua oferta pendente, segundo dados do CoinDesk Indices. A exchange também possui US$ 560 milhões em bitcoin.
Não se sabe, no entanto, se de fato a corretora poderá liquidar os tokens. O futuro dos ativos ainda depende da próxima audiência sobre o plano de reestruturação da empresa, marcada para quinta-feira (13).
Vale lembrar que a FTX já havia solicitado ao tribunal no final de agosto a participação da gestora Galaxy Digital como supervisora de suas posições. A expectativa é de que a Galaxy, comandada pelo investidor Mike Novogratz, consiga reduzir o impacto das vendas dos ativos no mercado, diminuindo a exposição à volatilidade. Uma das alternativas apresentadas, por exemplo, seria limitar a quantidade de tokens liquidados por semana.