Governo anunciou mudanças no IOF. Foto: Adobe Stock
Nunca se pesquisou tanto sobre Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no Brasil como em maio de 2025. O assunto bateu o recorde de buscas desde o começo da série histórica do Google Trends, em 2004. O interesse pelo tema coincidiu com as mudanças anunciadas pelo governo na última semana, que mexem no IOF em operações de câmbio, planos de previdência privada do tipo Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) e crédito para empresas.
Os dados sobre as buscas foram compartilhados pelo Google com o E-Investidor. Em maio, o interesse pelo imposto superou o patamar registrado em outros meses em que o governo também anunciou alta no IOF, como janeiro de 2008 e setembro de 2021.
Em relação a abril de 2025, as pesquisas sobre IOF cresceram seis vezes no Brasil. Já na comparação entre maio deste ano e janeiro de 2008 – até então o recorde histórico –, houve um aumento de 20% nas buscas.
A procura pelo nome de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, também cresceu com a repercussão das mudanças do imposto. O interesse pelo tema registrou na semana dos dias 18 a 24 de maio o maior patamar de pesquisas desde a última semana de janeiro deste ano.
A pergunta mais buscada foi: “o que é IOF?”. Outras questões relacionadas ao tributo, como “quem paga IOF?” e “como calcular o IOF” também estiveram entre as dez questões mais populares. Uma dúvida frequente ainda era se as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) sofrem aplicação do imposto.
Ainda de acordo com o Google, em maio, as mudanças noIOF movimentaram mais as buscas que a I das Bets, que recebeu famosos como Virgínia Fonseca e Rico Melquiades para depoimentos no Senado.
O que mudou no IOF?
Dentro das operações de câmbio, remessas para contas no exterior direcionadas para investimentos continuam com a tributação de 1,1%. Já as operações do mesmo tipo não ligadas a investimentos sofrerão incidência do IOF de 3,5%.
Cartões de crédito e débito internacional, assim como cartões pré-pagos internacionais e cheques de viagem para gastos pessoais, ficaram com a alíquota de 3,5%. A compra de moeda em espécie também será tributada com essa taxa.
Para além das alterações envolvendo o câmbio, uma outra mudança anunciada pelo governo impacta o investidor pessoa física: a aplicação de IOF para planos VGBL. Agora, a alíquota continuará zerada para aportes mensais até R$ 50 mil. Já para aportes superiores a esse limite, o imposto será de 5%.