Dólar hoje fecha em queda após dados de emprego no Brasil e de inflação nos EUA

Nesta sexta-feira (27), o mercado voltou a atenção ao índice de preços ao consumidor (PCE) dos Estados Unidos, que em agosto registrou um aumento de 0,1%, conforme anunciado pelo Bureau of Economic Analysis (BEA). No acumulado de 12 meses, o PCE subiu 2,2%, se aproximando da meta de 2% estabelecida pelo Federal Reserve (Fed, o banco americano).

O avanço da inflação em agosto ocorreu após um incremento de 0,2% em julho. Até aquele mês, o índice havia registrado um aumento de 2,5% no período de um ano. As variações tanto mensal quanto anual ficaram abaixo das expectativas do mercado, que projetavam 0,2% e 2,3%, respectivamente.

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Desconsiderando os elementos voláteis, como alimentos e energia, o núcleo do PCE também subiu 0,1% em agosto, após um aumento de 0,2% em julho. Em termos anuais, o núcleo apresentou uma alta de 2,7%.

No cenário doméstico, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 0,62% em setembro, acima da expectativa de 0,47%, após avançar 0,29% em agosto, informou a Faculdade Getulio Vargas (FGV). Com isso, o índice acumula alta de 4,53% em 12 meses.

O mercado brasileiro também repercutiu o anúncio do Ministério do Trabalho sobre os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A taxa de desemprego no Brasil foi de 6,6% no trimestre encerrado em agosto, a menor para o mês desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), em 2012, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa apresentou queda de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, quando estava em 7,1%, e de 1,2 ponto percentual em comparação com o mesmo período de 2023, quando era de 7,8%. A população ocupada chegou a 102,5 milhões de pessoas, um novo recorde, com alta de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 2,9% no ano.

O número absoluto de desocupados também registrou queda, recuando 6,5% em comparação ao trimestre anterior, totalizando 7,3 milhões de pessoas. Em relação ao mesmo período de 2023, o recuo foi de 13,4%, refletindo uma melhora no mercado de trabalho brasileiro.

Com o fechamento de hoje, o dólar exibe queda de 1,41% na semana, recuo de 3,36% no mês e avanço de 12,17% no ano.