Ibovespa hoje fecha em queda de olho na ata do Copom e nas tarifas dos EUA

Por Cecília Mayrink

04/02/2025 | 14:18 Atualização: 04/02/2025 | 18:44

Ibovespa é o principal índice da Bolsa. (Foto: Adobe Stock)

O Ibovespa hoje fechou em queda de 0,65% aos 125.147,42 pontos. Nesta terça-feira (4), o principal índice da B3 oscilou entre máxima a
125.964,36 pontos e mínima a 124.694,19 pontos. As atenções do mercado estiveram na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), além dos desdobramentos da guerra comercial dos Estados Unidos.

O Comitê divulgou a ata nesta manhã após decidir elevar a taxa Selic de 12,25% para 13,25%. No documento, foi reiterado que o tamanho total do ciclo de aumento da Selic será ditado pelo seu “firme compromisso de convergência da inflação à meta”. O colegiado reforçou o forward guidance (projeção utilizada para influenciar as expectativas do mercado) de mais uma elevação de 1 ponto porcentual nos juros na sua próxima reunião, de março, que levaria a taxa Selic a 14,25%.

Investidores também aguardavam notícias sobre o telefonema entre os presidentes dos Estados Unidos e da China, mas fontes americanas afirmaram que a ligação não vai mais ocorrer hoje. A conversa entre Donald Trump e Xi Jinping havia sido confirmada pelo assessor de comércio da Casa Branca, Peter Navarro, que preferiu não adiantar se os dois discutiriam uma pausa nas tarifas anunciadas no final de semana.

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Ainda no exterior, a queda na abertura de vagas indicada pelo relatório Jolts (Job Openings and Labor Turnover Survey) pinta um quadro “menos otimista” do mercado de trabalho dos EUA, na visão do CIBC. O banco canadense, porém, considera improvável que o indicador mude os planos do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).

Na Bolsa brasileira, as ações da Braskem (BRKM5) avançaram 3,89% e lideraram os ganhos do dia. Até o momento, os papéis já somam valorização de 18,64% nos últimos 30 dias. Segundo o head de renda variável da Fami Capital, Gustavo Bertotti, a alta se deve ao relatório da Fitch Ratings que aponta que o acréscimo nas provisões referentes ao evento geológico de Alagoas não compromete as métricas de crédito da empresa. Os ativos da companhia também apresentaram movimento de correção, após se destacarem entre as maiores perdas na véspera, quando fecharam em queda de 5,07%. Ações da Natura (NTCO3) e da Hypera (HYPE3) também se saíram bem na sessão e subiram 2,83% e 1,23%, respectivamente.

Do lado oposto, os papéis da Automob (AMOB3) tombaram 6,25% e registraram a maior queda no índice da B3, seguidos pela Suzano (SUZB3) e Azul (AZUL4), em baixa de 4,05% e 3,92%, respectivamente.

No mercado de câmbio doméstico, o dólar hoje fechou em baixa de 0,75%, a R$ 5,7724. Essa é a primeira vez que a moeda americana encerra abaixo dos R$ 5,80 desde o dia 26 de novembro, último dia antes da apresentação do pacote de medidas fiscais do governo.

*Com informações do Broadcast