O Ibovespa hoje opera em baixa, buscando recuperação desde a abertura dos negócios desta quinta-feira (25). Às 13h15, o índice cede 0,33%, aos 126.011 pontos.
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O Ibovespa hoje opera em baixa, buscando recuperação desde a abertura dos negócios desta quinta-feira (25). Às 13h15, o índice cede 0,33%, aos 126.011 pontos.
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A queda dos índices de ações no exterior e da variação das commodities pesa no principal índice da B3 hoje. Nem mesmo o corte inesperado nas taxas das linhas de empréstimos na China ocorrida nesta quinta-feira, três dias após ter reduzido os juros de referência, anima os investidores.
O petróleo deixou o sinal negativo para trás e agora sobe 0,58% (WTI) e 0,34% (Brent). O minério de ferro vai na contramão, tendo fechado em queda de 1,55% na China.
A expectativa de desvalorização ocorre em meio a resultados divergentes de indicadores dos Estados Unidos informados nesta manhã, que dificultam uma leitura única, podendo embaralhar as apostas de corte de juros.
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O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) avançou a 2,6% no segundo trimestre ante igual período de 2023. E a primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) mostrou expansão anualizada de 2,8% no segundo trimestre. O resultado superou o teto das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que variavam de altas de 1% a 2,5%, com mediana de 2,1%.
Já os pedidos de auxílio-desemprego cederam 10 mil na semana, a 235 mil, na comparação com projeção de 239 mil. “No geral, os dados continuam mostrando certa desaceleração. A inflação não está tão pujante a ponto de colocar em risco um corte dos juros [do Federal Reserve (Fed, o banco central americano)] em setembro. O fato é que a economia está desacelerando e a atividade”, avalia o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus.
Também não alivia o Índice Bovespa hoje o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de julho, que arrefeceu a 0,30%. Porém, o dado ficou quase perto do teto das projeções, mas vindo maior do que a mediana de 0,23%. Em 12 meses, acumula alta de 4,45% – quase um 1,5 ponto acima do centro da meta de 3,00%.
Segundo Rodrigo Ashikawa, economista da Principal Claritas, o IPCA-15 maior do que o esperado refletiu principalmente a alta inesperada em agem aérea e o avanço em alguns serviços. “O preços de serviços é ponto de atenção do Banco Central (BC), e é uma notícia desfavorável. Mas vale ressaltar que a pressão ficou muito concentrada em serviços que não são diretamente ligados à atividade, como bancários”, diz.
Ainda que faça ressalvas na leitura do IPCA-15 de julho, Ashikawa, diz que o indicador não deve mudar a trajetória da política monetária, por ora. “Não é uma noticia 100% positiva, tem algumas ressalvas. Não resolve a vida do BC nesse momento”, ressalta.
Além da inflação, persistem preocupações com o fiscal no Brasil e em relação ao câmbio, dadas as pressões do dólar ante o iene principalmente na quarta-feira (24), quando houve deterioração das bolsas americanas motivada principalmente por uma onda de liquidação de ações de tecnologia. Hoje o dólar à vista tem viés de alta, o que reflete nas principais taxas futuras.
Com riscos cambiais que podem impactar a inflação e diante de temores fiscais persistentes, a chance é de manutenção de Selic em 10,50% ao ano, no Comitê de Política Monetária (Copom) na semana que vem.
Na Bolsa, investidores ficam atentos às ações da Vale (VALE3) no índice referência da Bolsa hoje antes do balanço do segundo trimestre, que sai após o fechamento do pregão. Segundo o Prévias Broadcast, pela média de oito casas consultadas, a mineradora deve lucrar US$ 1,923 bilhão, alta de 115,6% frente ao mesmo período de 2023, um resultado que poderia surpreender o mercado. A mineradora sobe 0,30%, negociada a R$ 60,78.
As varejistas lideram as altas da Bolsa apesar da aberta curva de juros e do IPCA-15 acima do esperado. As ações da Lojas Renner (LREN3) estão no topo da lista do Ibovespa hoje, com avanço de 2,18%, no valor de R$ 13,15.
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*Com informações do Broadcast
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