O aumento de capital de R$ 1,7 bilhão, informado na segunda-feira (2) pela Minerva (BEEF3), deve reduzir substancialmente a alavancagem da empresa e, significativamente, o risco financeiro da companhia, na avaliação do Citi. O banco calcula que com o aumento de capital, a alavancagem da companhia deve ceder para cerca de 3,2 vezes até o final do ano de 2026, ante 4,5 vezes.
Em relatório, os analistas Renata Cabral e Tiago Harduim destacam que aproximadamente 80% dos recursos (US$ 240 milhões) foram alocados para o pagamento de títulos de alto custo com vencimento em 2028 e 2031, e o aumento de capital deve gerar uma economia anual de cerca de R$ 263 milhões antes dos impostos ( cerca de R$ 224 milhões após os impostos), compensando claramente a diluição do lucro por ação.
Os profissionais observam que as participações dos principais acionistas VDQ e Salic aumentaram de 52,9% para cerca de 54,8%. Além disso, cerca de 55,1 milhões de ações, representando aproximadamente 16,8% do total da oferta, permaneceram não subscritas.
“Dado o desafiador ciclo do gado no Brasil e a contínua integração dos ativos adquiridos, permanecemos neutros, aguardando sinais de melhorias operacionais mais claras. No entanto, o balanço patrimonial fortalecido da Minerva aumenta notavelmente seu apelo de investimento”, afirmam.
O Citi tem recomendação neutra para Minerva (BEEF3), com preço-alvo de R$ 6,50, o que representa um potencial valorização de 26,7% ante o fechamento do papel no pregão de segunda-feira.