A Fitch e a Moody’s atribuíram classificação BBB e Baa2, respectivamente, para a emissão de notas sêniores não garantidas da Gerdau (GGBR4) com vencimento para 2035. Segundo a Fitch, os papéis seguem a mesma classificação de toda a dívida da siderúrgica. Já a Moody’s informou que a classificação é ada por sua geração de caixa, que reflete a sua forte posição de mercado em que opera e sua gestão orientada para custos. Nesta terça-feira (3), as ações da companhia sobem 0,25% no Ibovespa hoje, por volta das 14h50 (de Brasília).
Segundo as agências, os recursos com a emissão fazem parte da estratégia de gestão de ivos da Gerdau serão usados para financiar uma oferta de compra para as notas sênior não garantidas com vencimento em 2027.
“A diversificação geográfica da empresa e a flexível estrutura de produção de aço em fornos elétricos a arco (EAF) proporcionam vantagens competitivas e a capacidade de responder rapidamente a potenciais mudanças nas condições de mercado“, diz a Fitch.
Segundo relatório da Fitch, a Gerdau opera instalações industriais em sete países e tem ativos diversificados que ajudam a mitigar impactos de quedas significativas nos mercados primários tanto no Brasil como nos Estados Unidos. “Isso proporciona estabilidade de fluxo de caixa. Em 2024, a América do Norte gerou 44% do Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] da Gerdau, enquanto o Brasil contribuiu com 30%, a América do Sul (excluindo o Brasil) 8%, e o aço especial 18%”, diz a Fitch.
Para a Moody’s, apesar de ambientes operacionais voláteis, a Gerdau gera fluxo de caixa livre (FCF) positivo desde 2013 e é capaz de reduzir significativamente os níveis de dívida e fortalecer os métricos de crédito, parcialmente usando recursos de desinvestimentos de ativos.
“A classificação da Gerdau é limitada pela exposição da empresa à indústria siderúrgica cíclica, especialmente no Brasil (Ba1 estável) e nos Estados Unidos da América (EUA, Aa1 estável); e exposição à volatilidade da taxa de câmbio, já que mais da metade de seu fluxo de caixa é gerado no Brasil e em outros países da América Latina”, disse a Moody’s.
Segundo a agência, a liquidez da Gerdau é ada por R$ 6,9 bilhões em caixa em março de 2025, R$ 5 bilhões disponíveis sob a linha de crédito rotativo e R$ 1,8 bilhão em dívidas com vencimento até o fim do ano. “Assim, tem flexibilidade para ar choques de curto prazo.”