A postura cautelosa do investidor em relação à Natura&Co (NTCO3) deve se intensificar após o balanço do primeiro trimestre de 2025. A avaliação é do BTG Pactual (BPAC11), que prevê que o crescimento “fraco” das vendas no Brasil e os custos de transformação devem prejudicar os resultados da empresa.
“Temos sido mais pessimistas em relação aos negócios da Natura nos últimos anos”, afirma o analista Luiz Guanais, mencionando que o ritmo de recuperação das margens e o difícil desinvestimento da Avon International também devem penalizar os resultados futuros.
Em conversa com o CEO da Natura&Co, Fábio Barbosa, o profissional do BTG ponderou que a istração tem demonstrado “esforços bem-vindos” para simplificar a estrutura da empresa.
No entanto, relembra que os números do quarto trimestre de 2024 ficaram aquém das suas expectativas, mostrando uma tendência de crescimento suave nas vendas e os desafios para melhorar as margens em suas operações na América Latina.
“Monitoraremos de perto o progresso nessas frentes antes de ter uma visão mais positiva sobre o caso, apesar de sua liquidação massiva das ações após seus resultados do quarto trimestre”, disse Guanais. De janeiro de 2025 até aqui a empresa acumula mais de 26% de perdas.
O BTG Pactual reiterou recomendação neutra para os papéis, com preço-alvo de R$ 18, o que representa um potencial de valorização de 96,7% em relação ao fechamento da última segunda-feira (7).