Sete Magníficas tombam após retaliação da China aos EUA; Tesla afunda 10%

Por Beatriz Rocha

04/04/2025 | 15:16 Atualização: 04/04/2025 | 15:16

Veja como está a operação em NY . (Foto: Adobe Stock)

As chamadas Sete Magníficas, grandes empresas do setor de tecnologia dos Estados Unidos, têm um novo dia de queda em Nova York nesta sexta-feira (4). Às 14h30 (de Brasília), os papéis da Tesla (TSLA) tombam 10,11% e lideram as perdas do setor. A Apple (APPL), que já havia derretido 9,32% na véspera, hoje cede 5,57%. Já Amazon (AMZN), Nvidia (NVDA), Meta (META), Alphabet (GOOGL) e Microsoft (MSFT) registram perdas de 2,16%, 7,23%, 1%, 1,70% e 1,95%, respectivamente.

Os índices americanos também sofrem quedas significativas nesta sexta-feira. O Dow Jones cai 4,61%, enquanto S&P 500 e Nasdaq têm perdas de 5,24% e 5,31%, respectivamente – veja a cobertura completa ao vivo por aqui.

Depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma tarifa recíproca de 34% para a China, além dos 20% previamente anunciados, o país asiático divulgou uma série de medidas retaliatórias contra os EUA, entre elas uma tarifa de 34% sobre todos os produtos importados do território americano. As taxas chinesas entram em vigor no próximo dia 10, segundo comunicado da Comissão Tarifária do Conselho Estatal.

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Separadamente, o Ministério do Comércio da China disse que adicionou 11 empresas americanas à sua lista de “entidades não confiáveis”, impedindo-as de fazer negócios na China ou com empresas chinesas.

Na quinta-feira (3), o sentimento negativo gerado pelo pacote tarifário de Trump já havia derrubado as ações das Sete Magníficas. Em um único dia, as empresas perderam, juntas, US$ 1,032 trilhão em valor de mercado, de acordo com levantamento de Einar Rivero, CEO e sócio-fundador da Elos Ayta Consultoria. Considerando todas as companhias americanas listadas, a perda foi de US$ 2,91 trilhões na última sessão.

“Após o anúncio das tarifas, o mercado ou a adotar uma visão mais pessimista em relação à atividade econômica norte-americana e global, incorporando a expectativa de uma desaceleração mais acentuada”, explica Gustavo Sung , economista-chefe da Suno Research. “A dinâmica da Bolsa e das moedas estão refletindo a maior aversão ao risco do mercado em relação às incertezas com a guerra comercial e os efeitos sobre a inflação, crescimento, juros nos países.

Desde o início do mandato de Trump, em 20 de janeiro, a desvalorização entre as Sete Magníficas foi de US$ 3,4 trilhões em valor de mercado, considerando os dados de fechamento de quinta-feira. Nesse período, o destaque negativo ficou com a Nvidia, que sofreu perdas de US$ 889 bilhões.