A Unipar (UNIP6) não deve renovar sua proposta de participação na Braskem (BRKM5), feita há algumas semanas e que vence em dez dias. A Braskem já recebeu diversas ofertas, incluindo uma de compra de 100% de suas ações que não foi aceita devido à família dona da Novonor, – Oderbrecht – controladora da petroquímica, querer seguir como sócia minoritária da empresa.
Apesar de a Unipar aceitar ser sócia da ADNOC e da Apollo – empresas que ofertaram comprar todas as ações da Braskem -, com até 4% de participação societária, a Novonor distribuiu os ativos da petroquímica como garantia aos credores. Assim, os bancos podem decidir o futuro da companhia já que a Novonor possui uma dívida de R$15 bilhões no total entre os bancos Itaú (ITUB4), o BNDES, o Santander (SANB11), o Banco do Brasil (BBAS3) e o Bradesco (BBDC4).
De acordo com a Valor Econômico, fontes que participaram da negociação entre as duas empresas afirmaram que o Itaú é o credor mais favorável às vendas. Os esforços da antiga Oderbrecht visam reduzir substancialmente o ivo financeiro de seu balanço contábil ao tentar sair da sua recuperação judicial, dada a dívida bilionária da Braskem.
Depois da oferta da Unipar, as ações da Braskem subiram cerca de 13%. Nesta sexta-feira (30), os papéis da empresa encerraram o pregão valendo R$27,86 e apresentaram queda de 4,03%.