(Estadão Conteúdo) – O Indicador de Movimento do Comércio, que acompanha o desempenho das vendas no varejo em todo Brasil, avançou 0,6% em julho na comparação mensal dessazonalizada, de acordo com dados da Boa Vista. Na variação acumulada em 12 meses, a queda se manteve em 1,0% e, na comparação interanual, foi observado aumento de 4,3%.
O resultado veio alinhado às expectativas e ao aumento da confiança, sobretudo do comerciante. De acordo com a entidade, apesar de a confiança do consumidor também ter registrado alta, a variação se deveu a uma visão mais otimista para os próximos meses. A percepção atual é, aparentemente, de maior cautela. No ano, o indicador acelerou a alta de 1,8% para 2,2%, reflexo da manutenção no ritmo de recuperação do indicador, que pode se estender por mais alguns meses.
Na análise da Boa Vista, são diversos fatores sobre o varejo neste semestre. A perspectiva da entidade é que algumas demandas reprimidas devem voltar com força uma vez que o processo de vacinação avançou nos últimos dois meses e, por esse motivo, o varejo também deve sentir um pouco da concorrência com o setor de serviços. Além disso, como o cenário ao consumidor ainda não é um dos melhores, a população terá de optar entre varejo e serviços, já que ambos talvez não caibam em um orçamento já apertado pela inflação e maior comprometimento da renda.
Em julho do ano ado, os efeitos mais severos do início da pandemia sobre o varejo já haviam ficado para trás. À época, a Pesquisa Mensal do Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou alta de 5,5% em relação a julho de 2019. Já nesse período, houve grande contribuição do primeiro programa de auxílio emergencial.