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O humor limitado no exterior respingou no principal índice da B3 hoje. Os mercados adotaram cautela em meio a índices dos gerentes de compras (PMIs) dos Estados Unidos, zona do euro, Alemanha e Reino Unido.
A cautela fiscal no Brasil e nos Estados Unidos voltou a nortear o Índice Bovespa hoje. No último pregão, o temor com relação às contas públicas no País e com a dívida norte-americana já havia contaminado os ativos brasileiros. Na quarta-feira (11), o indicador da B3 fechou em baixa de 1,59%, aos 137.881,27 pontos — a maior desvalorização em seis semanas.
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A equipe econômica do governo Lula anunciou nesta quinta-feira (22) uma contenção de despesas de R$ 31,3 bilhões no Orçamento para tentar cumprir a meta de déficit fiscal zero prevista para este ano. O governo também anunciou um aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para reforçar os cofres públicos. “De forma geral, acredito que a visão não foi muito positiva. A gente viu isso se refletir nas curvas de juros, que estavam em queda mais acentuada, mas depois limitaram o movimento”, afirma Thiago Lourenço, economista da Manchester Investimentos.
A notícia sobre o aumento do IOF foi mal digerida pelo mercado: o aumento do imposto para o cumprimento do arcabouço fiscal chegou a ser relativizado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antes de uma entrevista coletiva sobre o assunto, marcada para as 17h desta quinta-feira.
Por aqui, além das contas do governo, repercutiram os preços das commodities hoje. O petróleo fechou em queda diante de preocupações com a demanda, enquanto o minério de ferro fechou em leve alta de 0,14% na China.
No mercado de câmbio, o dólar hoje fechou em alta de 0,33% a R$ 5,6610, seguindo a valorização da divisa americana no exterior.
Os mercados adotaram cautela em meio a PMIs globais, com resultados divergentes na Europa — todos, no entanto, abaixo da marca de 50, que indica contração. Na zona do euro, o índice PMI caiu para 49,5 em maio. O da Alemanha recuou para 48,6. No Reino Unido, houve leve alta para 49,4.
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Os investidores também aguardaram a divulgação do PMI dos Estados Unidos e novidades sobre o projeto de lei orçamentária proposto pelo governo de Donald Trump, que pode ser votado nas próximas horas. O plano republicano de cortes de impostos gera preocupação quanto ao aumento da dívida, uma das justificativas usadas pela Moody’s no rebaixamento do rating dos EUA.
Com isso, as Bolsas de Nova York fecharam mistas. O Dow Jones ficou estável, enquanto o Nasdaq avançou 0,28% e o S&P 500 cedeu 0,04%.
O petróleo caiu diante de preocupações com a demanda e relatos de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) considera um novo grande aumento de oferta em julho.
Ainda entre as commodities hoje, o minério de ferro fechou em alta de 0,14%, cotado a 727 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 100,93 em Dalian, na China.
Esses e outros dados do dia ficaram no radar de investidores e impactaram as negociações na Bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa hoje.
*Com informações de Maria Regina Silva e Silvana Rocha, do Broadcast
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