Sem vale-transporte, custo de deslocamento ao trabalho comprometeria boa parte do salário mínimo

O levantamento realizado com cerca de quatro mil trabalhadores também mostrou que a economia financeira é o principal benefício percebido por quem o recebe, sendo mencionada por 57,5% dos entrevistados. “A redução nos gastos diários reflete a importância do vale-transporte para os trabalhadores.”, comenta André Martins, Diretor da Unidade de Vale-transporte da Ticket.

Para fins de exemplificação, uma morador da capital paulista que utiliza a tarifa integrada de ônibus com o sistema metro-ferroviário para se deslocar diariamente gasta em média R$ 16,40 por dia, ou R$ 360,80 por mês, considerando 22 dias úteis. Esse valor equivale a 25,5% do salário-mínimo atual, de R$ 1.412. Com o vale-transporte, que tem o desconto limitado a 6% do salário base, a economia mensal chega a R$ 276,08, ou 19,5% da renda.

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Os respondentes ainda destacaram outras vantagens do vale, como a facilidade no uso, citada por 40,5% dos respondentes, e o menor impacto ambiental, apontado por 28,5%. Um dado interessante identificado foi a maior preocupação da geração Y – composta por profissionais entre 30 e 43 anos – com o impacto ambiental, representando 38% do total de entrevistados que destacaram essa opção.

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Além disso, outros benefícios associados ao vale-transporte incluem o controle e acompanhamento de gastos (23%), o o a diversas modalidades de transporte público (22%) e a maior segurança no pagamento (19%).

Quando questionados sobre a importância de receber o vale-transporte, 85% consideram importante ou extremamente importante. Vale ressaltar que esse é um benefício obrigatório do regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e está previsto na Lei nº 7.418/1985. No entanto, a pesquisa mostra que 13% não tinham conhecimento dessa lei, enquanto 87% a conhece.

O estudo mostrou, por fim, que o vale-transporte é essencial para muitos trabalhadores: 58% acreditam que ele sempre facilita a chegada ao trabalho, 15,5% afirmm que ele facilita na maioria das vezes e outros 15,5% declaram que nunca facilita. Já 6% apontam que facilita ocasionalmente e 5% indicaram que o seu uso facilita raramente.