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O bilionário e filantropo americano Warren Buffett, CEO da gestora de investimentos Berkshire Hathaway, é uma das principais referências do mercado financeiro. Mas até o megainvestidor foi pego de surpresa pela crise do coronavírus e viu a sua empresa perder US$ 50 bilhões só no primeiro trimestre deste ano.
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Devido às mudanças provocadas pela covid-19 na economia mundial, o empresário fez algumas mudanças na carteira da Berkshire. Veja quais são os setores que Buffett está de olho e como o lendário investidor está navegando pela crise.
No total, Buffet vendeu 13 milhões de ações de instituições financeiras, entre elas a Synchrony Financial, com 675 mil papéis vendidos, JP Morgan Chase &CO, com 1,8 milhões liquidados, e a Goldman Sachs, que teve a maior fatia de ativos vendidos, cerca de 11 milhões.
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A única movimentação de compra na carteira desse segmento foi dos papéis da holding bancária PNC Financial Services. O empresário aumentou em 526 mil o número de ações na empresa, que agora representa 0,5% do portfólio.
Na última carteira disponível, de 31 de março, Buffet comprou cerca de 1,8 milhões de ações do setor, com destaque para Delta Airlines (976 mil ações), United Airlines Holding (218 mil ações) e para a maior companhia aérea do mundo, American Airlines (591 mil). A única baixa na participação ocorreu com Southwest Airlines (6,5 mil).
Por outro lado, no início do mês de maio, o ‘oráculo de omaha’ chegou a mencionar que zeraria sua participação em todas as companhias aéreas da carteira. O setor foi duramente impactado pelo coronavírus, já que o isolamento social impediu que viagens fossem realizadas.
No setor de serviços médicos e biotecnologia, o total das baixas na ações foi de 935 mil. As empresas em que Buffet diminuiu a participação foram DaVita Healthcare (470 mil), Teva Pharmaceutical (460 mil) e a companhia de tecnologia Biogen (5,4 mil). Não houve aquisições de ativos relacionados ao segmento.
O empresário também reduziu suas participações em empresas do setor automobilístico. Na General Motors (GM), Buffet vendeu 319 mil ações, já na fabricante de revestimentos automotivos, Axalta Coating System, a redução foi de 194 mil. No total, foram 513 mil ações vendidas e a participação atual do empresário nas duas companhias é de US$ 1,5 bilhão e US$ 415 milhões, respectivamente.
O grupo que sofreu a maior quantidade de revisões de posição é do setor de telecomunicações. A empresa de radiodifusão Sirius XM Holdings foi a que mais teve ações vendidas, com 3,8 milhões. Em seguida aparece a companhia de mídia Liberty Media Corporation, com menos 240 mil ações na carteira, e a Liberty Global PLC, com 481 mil ativos vendidos.
Por último aparecem as empresas Verisign (serviços de infraestrutura de Internet) e a Liberty Latin America (telecomunicações), com 137 mil e 84 mil de ações vendidas. No total, foram mais de 4 milhões de ações vendidas no setor.
A Amazon é considerada uma das empresas mais resistentes à crise, já que o e-commerce e os serviços de streaming estão sendo mais demandados durante o isolamento. A companhia de Jeff Bezos chegou a contratar um milhão de novos funcionários e o seu valor de mercado se manteve em US$ 1,2 trilhão. Entretanto, Buffet diminuiu pelo menos 4 mil papéis da gigante do comércio eletrônico – ainda assim, ele continua com US$ 1 bilhão em ações da Amazon.
Warren Buffett também reduziu sua participação nas empresas de petróleo e energia. No primeiro quadrimestre do ano, o novo choque do petróleo assustou os investidores, com a disputa entre Arábia Saudita e Rússia e a expressiva diminuição na demanda por combustíveis.
O empresário vendeu 70 mil ações da empresa de petróleo Suncor Energy, além de se desfazer de 227 mil papéis da Phillips, companhia do setor de energia.
A última alteração feita por Buffet foi na seguradora The Travelers Companies, que teve 312 mil ações vendidas pelo empresário.
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